Cerca de mil hondurenhos saíram às ruas, na última quinta-feira (9), para protestar contra as políticas econômicas implementadas pelo governo entre as medidas rechaçadas pela população está o aumento dos impostos desde produtos da cesta básica até do combustível.
O protesto foi convocado pela Frente Nacional de Resistência Popular (FNRP) que é integrada por trabalhadores, camponeses, professores, estudantes e membros de outras organizações populares, criada após o golpe de Estado que depôs o ex-mandatário, Manuel Zelaya, em junho de 2009, e que agora ocupará um cargo no Parlamento da nação centro-americana.
Durante a manifestação, em discurso, Zelaya disse ter sido o único governante do país que não estabeleceu impostos. “Aqui está o único presidente que, na história de Honduras, não implementou nenhum imposto”, sublinhou o ex-mandatário. “Aumentar os impostos da comida, combustíveis, energia elétrica (…) é uma grosseria”, falou Zelaya, que recebia ovações de seus simpatizantes.
Aumento nos impostos
No dia 20 de dezembro, o Congresso aprovou a chamada “Lei de Ordenamento das Finanças Públicas”, que dispõe aumento nos impostos. A medida eleva de 12% para 15% o imposto das vendas líquidas, aumenta o preço dos combustíveis e tira da cesta básica, isenta de impostos, cerca de 70 dos 300 produtos que a compõem.
O deputado zelayista, Rafael Alegria, que assumirá no próximo 25 de janeiro, assegurou em outro discurso que os novos deputados “temos na agenda a derrogação desta medida”.
Este aumento de impostos “é terrível, é criminoso, é um ato de vingança de Juan Orlando Hernández (presidente eleito em Honduras), porque o povo não votou nele e sim na Xiomara Castro”, esposa de Zelaya que foi indicada pelo Partido Libertad y Refundación (Libre) nas eleições realizadas em novembro, afirmou Alegría.
Hernández assumirá a presidência em 27 de janeiro, dois dias depois da renovação no Congresso.
TeleSUR