O Fórum Social Temático de 2014 traz o tema Crise Capitalista, Democracia, Justiça Social e Ambiental para aprofundar o debate acerca dos fatos que afetam a classe trabalhadora nessa crise do capital, onde milhares de pessoas vêem a possibilidade de trabalho decente se esvair. “Diante de tudo o que vem acontecendo no Brasil e no mundo, nós da CTB acreditamos que a democracia é fundamental para as trabalhadoras e os trabalhadores ampliarem suas conquistas e direitos”, afirma Eremi Melo, secretária geral da CTB-RS.
Em 2014, o Fórum Social Temático acontecerá em Porto Alegre entre os dias 21 a 26 de janeiro. Com a participação das principais centrais sindicais brasileiras, o Fórum se “constitui em um espaço aberto de encontro para o aprofundamento da reflexão, do debate democrático de ideias, da formulação de propostas, da troca livre de experiências e a articulação para ações eficazes de entidades e movimentos da sociedade civil que se opõem ao neoliberalismo e ao domínio do mundo pelo capital e por qualquer forma de imperialismo”, dizem os organizadores do evento.
O Fórum Social Mundial (FSM) nasceu para fazer frente ao Fórum Econômico Mundial, realizado anualmente em Davos, na Suíça. Esse encontro anual dos países mais ricos do planeta estuda soluções para salvar o capital, por isso o FSM realizou o seu primeiro encontro em 2001, em Porto Alegre para apresentar o ponto de vista da classe trabalhadora e salvar o trabalho contra o capital.
Perdeu o caráter de mero contraponto, mas ganhou em pluralidade e pela diversidade, “tendo um caráter não confessional, não governamental e não partidário”, acentuam coordenadores do FSM. “O Fórum perdeu um pouco do seu caráter de quando foi pensado num momento de alta da luta do trabalho contra a hegemonia do capital”, acentua Eremi. Mas a sua função de articular entidades e movimentos em favor dos interesses da maioria ainda permanece.
Para a dirigente cetebista, “algumas vezes a participação nos Fóruns têm diminuído por causa da violência de algumas manifestações que têm ocorrido”. Por isso, “em 2014 não haverá show de abertura como ocorreu nos anos anteriores”, explica Eremi. Ela enfatiza “a necessidade dos movimentos sociais inovarem a linguagem para conquistas esse público jovem ávido de mudanças”. A dirigente da CTB-RS renova as esperanças de que outro mundo é possível, slogan do FSM.
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Marcos Aurélio Ruy – Portal CTB