Artistas defendem os Direitos Humanos em show no Ibirapuera, em SP

 

A prefeitura de São Paulo começou no sábado (7) e encerra neste domingo (15) o 1º Festival de Direitos Humanos – Cidadania nas Ruas, com um grande show no Parque do Ibirapuera, no qual participarão grandes nomes da MPB. 

O Show Cidadania nas Ruas teve a capacidade de reunir grandes nomes da MPB com novos talentos. Com participação especial de Caetano Veloso, Tom Zé e Baby do Brasil, o show terá os artistas Emicida, Rael, Tulipa Ruiz e Marcia Castro, Ellen Oléria e Flora Matos. 

A celebração da Declaração Universal dos Direitos Humanos ganha destaque nesse show que promete incendiar de alegria Parque Ibirapuera, em São Paulo. viverá momentos de calor humano, alegria e muita música de qualidade. Imperdível e totalmente grátis!

Portal CTB

Serviço:

Show Cidadania nas Ruas

Endereço: Parque do Ibirapuera (em frente ao Auditório Ibirapuera)

                    Avenida Pedro Álvares Cabral, s/n, portão 3

Horário:     Das 16h às 19h30

VÍDEOS DE MÚSICAS:

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Terra (Caetano Veloso)

Quando eu me encontrava preso

Na cela de uma cadeia

Foi que vi pela primeira vez

As tais fotografias

Em que apareces inteira

Porém lá não estavas nua

E sim coberta de nuvens…

 

Terra! Terra!

Por mais distante

O errante navegante

Quem jamais te esqueceria?…

 

Ninguém supõe a morena

Dentro da estrela azulada

Na vertigem do cinema

Mando um abraço prá ti

Pequenina como se eu fosse

O saudoso poeta

E fosses a Paraíba…

 

Terra! Terra!

Por mais distante

O errante navegante

Quem jamais te esqueceria?…

 

Eu estou apaixonado

Por uma menina terra

Signo de elemento terra

Do mar se diz terra à vista

Terra para o pé firmeza

Terra para a mão carícia

Outros astros lhe são guia…

 

Terra! Terra!

Por mais distante

O errante navegante

Quem jamais te esqueceria?…

 

Eu sou um leão de fogo

Sem ti me consumiria

A mim mesmo eternamente

E de nada valeria

Acontecer de eu ser gente

E gente é outra alegria

Diferente das estrelas…

 

Terra! Terra!

Por mais distante

O errante navegante

Quem jamais te esqueceria?…

 

De onde nem tempo, nem espaço

Que a força mãe dê coragem

Prá gente te dar carinho

Durante toda a viagem

Que realizas do nada

Através do qual carregas

O nome da tua carne…

 

Terra! Terra!

Por mais distante

O errante navegante

Quem jamais te esqueceria?

Terra! Terra!

Por mais distante

O errante navegante

Quem jamais te esqueceria?

Terra! Terra!

Por mais distante

O errante navegante

Quem jamais te esqueceria?…

 

Na sacada dos sobrados

Da velha são Salvador

Há lembranças de donzelas

Do tempo do Imperador

Tudo, tudo na Bahia

Faz a gente querer bem

A Bahia tem um jeito…

 

Terra! Terra!

Por mais distante

O errante navegante

Quem jamais te esqueceria?

Terra!

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Curiosidade (Tom Zé/Gilberto Assis)

Quem é que tá botando dinamite

Na cabeça do século ?

Quem é que tá botando tanto piolho

Na cabeça do século ?

 

Quem é que tá botando tanto grilo

Na cabeça do século ?

Quem é que arranja um travesseiro

Pra cabeça do século ?

Pra cabeça do século ?

Brasileirinho (Waldir Azevedo)

O brasileiro quando é do choro

É entusiasmado quando cai no samba,

Não fica abafado e é um desacato

Quando chega no salão.

 

Não há quem possa resistir

Quando o chorinho brasileiro faz sentir,

Ainda mais de cavaquinho,

Com um pandeiro e um violão

Na marcação.

 

Brasileirinho chegou e a todos encantou,

Fez todo mundo dançar

A noite inteira no terreiro

Até o sol raiar.

E quando o baile terminou

A turma não se conformou:

Brasileirinho abafou!

Até o velho que já estava encostado

Neste dia se acabou!

Para falar a verdade, estava conversando

Com alguém de respeito

E ao ouvir o grande choro

Eu dei logo um jeito e deixei o camarada

Falando sozinho. Gostei, dancei,

Pulei, pisei até me acabei

E nunca mais esquecerei o tal chorinho

Brasileirinho!

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Hoje Cedo (Emicida, participação especial Pitty)

Hoje cedo 

Quando eu acordei e não te vi

Eu pensei em tanta coisa

Tive medo

Ah, como eu chorei, eu sofri

Em segredo

Tudo isso

Hoje cedo

 

Holofotes fortes, purpurina

O sorriso dessas mina só me lembra cocaína

Em cinco abrem-se as cortinas

Estáticas retinas brilham, garoa fina

Que fita

Meus poema me trouxe 

onde eles não habita

A fama irrita, grana dita, cê desacredita

Fantoches, pique Celso Pitta mente

Mortos tipo meu pai, nem eu me sinto presente

É rima que cêsqué? Toma duas, três

Farta pra enfartar cada um de vocês

Num abismo sem volta, de festa, ladainha

Minha alma afunda igual minha família em casa

Sozinha

Entre putas, como um cafetão, coisas que afetam

Sintonia

Como sonhei em tá aqui um dia

Crise, trampo, ideologia, pause

E é aqui, onde nóiz entende a Amy Winehouse

 

Hoje cedo 

Quando eu acordei e não te vi

Eu pensei em tanta coisa

Tive medo

Ah, como eu chorei, eu sofri

Em segredo

Tudo isso

Hoje cedo

 

Vagabundo, a trilha é um precipício, tenso, o melhor

Quero salvar o mundo, pois desisti da minha família e numa luta mais difícil

A frustração vai ser menor

Digno de dó, só o pó, vazio comum

que já é moda no século 21

Blacks com voz sagaz gravada

Contra vilões que sangram a quebrada

Só que raps por nóiz, por paz, mais nada

Me pôs nas gerais, numa cela trancada

Eu lembrei do Racionais, reflexão

Aí, os próprio preto num tá nem aí com isso, não

É um clichê romântico, triste

Vai perceber, vai ver, se matou e o paraíso não existe

Eu ainda sou o Emicida da Rinha

Lotei casas do sul ao norte

Mas esvaziei a minha

E vou por aí, Taleban 

vendo os boy beber dois mês de salário da minha irmã

Hennessys, avelãs, camarins, fãs, globais

Mano, onde eles tavam há dez anos atrás

Showbiz como a regra diz, lek

A sociedade vende Jesus, por que não ia vender rap

O mundo vai se ocupar com seu cifrão

dizendo que a miséria é quem carecia de atenção

 

Hoje cedo 

Quando eu acordei e não te vi

Eu pensei em tanta coisa

Tive medo

Ah, como eu chorei, eu sofri

Em segredo

Tudo isso

Hoje cedo

 

 

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