“A CTB-RS participa deste ato porque acredita que os trabalhadores não podem ficar alheios ao aumento da taxa de juros porque isto reflete no desenvolvimento econômico e na geração de emprego. Somos contrários à política macroeconômica implantada pelo Governo Federal, que é baseada num triple que inibe o processo de desenvolvimento, investimentos e crescimento da economia, natural de uma política de altas taxas de juros. Um empecilho para que os setores produtivos tenham um custo menor para solicitar investimentos no sentido de que se possa cada vez mais aumentar o processo de desenvolvimento do país”, defendeu o presidente da CTB-RS, Guiomar Vidor.
O ato unitário aconteceu em frente ao Banco Central como forma de pressionar o Comitê de Política Monetária (Copom), que também se reuniu nesta data para discutir o aumento da taxa básica de juros (Selic). Desde abril, quando a taxa estava em 7,25% ao ano, o índice foi elevado para 9,50%. Esta é a última reunião do ano do Copom. O novo índice será apresentado na quarta-feira (27).
O presidente da CTB, Adilson Araújo, chamou atenção para a necessidade de haver uma reforma política no país. “É dada a hora para a gente conceder espaço na ordem do dia para a reforma política e não permitir, sobre hipótese nenhuma, o retrocesso”, disse o presidente.
Adilson Araújo ainda advertiu. “O governo reorientou sua política macroeconômica. O processo de desnacionalização são as empresas nacionais sendo compradas por empresas estrangeiras e o dinheiro, que deveria ser usado aqui para saúde e educação, vai para salvar as empresas falidas lá fora”.
Mais de 500 pessoas, entre dirigentes sindicais, militantes e parlamentares, se reuniram na manifestação para cobrar do governo federal políticas que fortaleçam a economia e a manutenção dos direitos dos trabalhadores.
O presidente da CTB-RS alertou ainda para dois importantes pontos que merecem atenção da sociedade. “Estamos demonstrando também, nesse ato, nossa contrariedade ao problema do superávit primário que está relacionado com o aumento da taxa de juros e que tem como consequência a retirada do dinheiro das áreas da saúde, educação, infra-estrutura para que o Governo possa pagar banqueiros e especuladores financeiros. Outro fator que questionamos, neste ato, são as taxas de câmbio, em que o Banco Central deixa flutuante para atender os interesses do mercado, mas deixando de lado as necessidades da nação. Precisamos que o Governo tenha controle dessas questões. Porque isto está relacionado diretamente com o desenvolvimento econômico, crescimento da economia e geração de emprego. Queremos com isto que sobre dinheiro para que o Governo invista nas questões fundamentais e emergenciais que são onde o nosso país precisa de maior atenção.”, alertou Guiomar Vidor.
Com informações do Portal CTB
