As negociações com a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) chegaram a um impasse. Apesar de todas as tentativas levadas a cabo pelos sindicatos e federações que representam os metalúrgicos na mesa de negociações, com o intuito de chegar a um acordo que recompense e valorize os trabalhadores da categoria, a Fiemg mantém uma postura de ganância e intransigência, além de insistir com a proposta de implantação do banco de horas nas fábricas.
Com o impasse estabelecido nas negociações, os metalúrgicos de Minas Gerais, que já chegaram a reduzir de 13% para 9,5% a reivindicação de reajuste salarial, seguem como uma das categorias que ainda não têm acordo neste segundo semestre, além de verem colegas de outras regiões do país consolidando vitórias importantes em suas respectivas campanhas salariais.
É o caso, por exemplo, dos metalúrgicos de Camaçari, na Bahia, que obtiveram reajuste salarial de 9,5%, com aumento real de até 2,53%, além de abonos de R$ 3. 000,00, e também dos trabalhadores da categoria em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, que conquistaram reajuste de 9,25% (com aumento real de quase 3%), nos salários.
Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim, João Alves de Almeida, é importante que os trabalhadores da categoria entendam a necessidade de dividir a responsabilidade com a entidade neste momento difícil da campanha salarial.
“Somos trabalhadores de uma categoria que contribui decisivamente para a geração da riqueza do nosso estado e também do país. Por isso, é importante que os metalúrgicos estejam mobilizados na fábrica e unidos ao Sindicato na luta por mais respeito, valorização e pela conquista de reajuste com aumento real de salários, abono, piso salarial decente, além de outros direitos”, afirma. “Este é o momento de continuarmos firmes na luta e de não se curvar frente à conduta atrasada dos patrões da Fiemg. Por isso, é importante estar junto com o Sindicato e lotar a assembleia de domingo”, acrescenta.
Fonte: Metalúrgicos de Betim