Os dirigentes do SindMetal seguem em pleno debate com os grupos patronais pela Campanha Salarial 2013. Até o momento nenhum acordo foi assinado, já que ainda não se chegou a um reajuste salarial satisfatório que reponha o índice de inflação e garanta o aumento do poder de compra dos trabalhadores metalúrgicos.
Algumas negociações ainda estão emperradas em pontos que são inegociáveis para a categoria, como as tentativas de redução das cláusulas sociais da Convenção Coletiva de Trabalho que vêm ocorrendo em alguns grupos. O Sindicato já avisou aos patrões que não aceitará retrocesso com perdas de direitos adquiridos. Os itens da Convenção são discutidos e renovados a cada dois anos durante a Campanha Salarial.
“Precisamos estar de olhos bem abertos para impedir as tentativas de dribles que o setor patronal tenta dar na classe trabalhadora. Os trabalhadores não são bobos para cair em armadilhas e muito menos ser enganados com a eterna choradeira de crise e baixa produção. Sabemos que a produção está a todo vapor e vamos exigir o que é nosso por direito até o fim”, afirma o presidente do SindMetal, José Francisco Salvino, o Buiú.
Até o momento o Sindicato se reuniu com os grupos Sindipeças (autopeças), 19-3 (trefilação e laminação de metais ferrosos) e Grupo 2 (máquinas e eletroeletrônicos). Resta ainda iniciar as negociações com os grupos Sindifupi (funilaria e pintura) e Grupo 10 (lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação, material bélico, entre outros).
O reajuste mínimo reivindicado pelo SindMetal é de 8%, igualando o índice conquistado pela maior parte da categoria metalúrgica do estado de São Paulo com data-base neste segundo semestre. “Essas conquistas só aconteceram após os sindicatos e os trabalhadores iniciarem paralisações e assembleias prolongadas nas portas das fábricas em todo o estado. Esta é a única maneira de vencer as resistências dos patrões, com mobilização e unidade”, completa Buiú.
Bruno Felisbino – Comunicação SindMetal