Uma comissão de dirigentes do Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB/SE) assinou no final da tarde dessa quarta-feira (30), o acordo coletivo do trabalho para o período 2013/2014, específico dos empregados do Banco do Estado de Sergipe (Banese).
A greve no Banese durou 21 dias. Depois de rejeitarem por duas vezes as propostas oferecidas pelo banco, o retorno ao trabalho foi decidido em assembléia específica no dia 9 deste mês. “O resultado foi positivo, os baneseanos e baneseanas conquistaram um reajuste de 8,0% (1,82% de aumento real), o mesmo índice fixado no acordo nacional da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban); um abono de R$ 1.100; alteração de 2,7 para 3,1 das moedas e reajuste de 10% na função gratificada destinados aos coordenadores de Caixa, Atendimento e Retaguarda. Também conseguimos dobrar de cinco para 10 o número de delegados sindicais do Banese, o que ajuda a potencializar a nossa organização na base desse banco”, destaca o presidente do Seeb/SE, José Souza.
Na assinatura do acordo, José Sousa estava acompanhado de seis diretores do SEEB: Adêniton Santana, Edson Moreira, Evilásio Félix, Everton Silva Castro, Luis Alves (Lula) e José Adilson de Azevedo. Do Banese, estavam a presidenta Vera Lúcia de oliveira, diretora administrativa Maria Avilete Ramalho e assessores dos setores jurídico, financeiro e de recursos humanos.
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O Banese está instalado em 43 cidades sergipanas, com um total de 74 agências e postos de atendimento. A paralisação nessas agências terminou no dia 10 de outubro, dois dias antes do final da greve nacional dos bancos públicos e privados.
As propostas iniciais do banco foram recusadas por duas assembléias específicas dos dias 3.10 e 5.10. Só a partir de alterações da proposta inicial do Banese, mediadas pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, os funcionários decidiram encerrar a greve.
Das propostas anteriormente recusadas, o Banese alterou os seguintes itens: o valor do abono que inicialmente estava em R$ 600 pulou para R$ 700 e depois para R$ 1.100, sendo que R$ 1.000 creditados até o dia 30 deste mês e R$ 100 em ticket refeição, a ser creditado até o dia 30 de novembro de 2013.
Ainda faz parte das cláusulas do acordo com o Banese à adesão ao Programa Vale Cultura; a redução de taxa de juros e ampliação do prazo praticado nas operações de empréstimos da modalidade consignado para os empregados da ativa, licenciados e aposentados e manutenção das demais cláusulas contidas no acordo anterior e cumprimento do acordo da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
Conheça na íntegra a proposta aprovada:
01. Compromisso de manutenção das garantias e benefícios já adotados em acordo do ano anterior, relativos à Minuta Específica do Banese;
02. Reajuste de 8,0% (1,82% de aumento real), mesmo índice fixado no acordo nacional da Fenaban/Contraf;
03. Pagamento de abono de R$ 1.000 reais (mil reais) a ser creditado até o dia 30.10.2013 e R$ 100 reais (cem reais) em ticket refeição, a ser creditado até o dia 30.11.2013.
04. Alteração de 2,7 para 3,1 das moedas destinadas aos coordenadores de Caixa, Atendimento e Retaguarda, em atendimento à cláusula 31ª;
05. Garantir a representação sindical da base no Banco, constituída por iniciativa do Seeb-SE, sendo 10 (dez) representantes para todos os funcionários do Banco, condicionado a que as reuniões não coincidam com o horário de trabalho, assegurando-se a garantia de emprego na forma do artigo 543 da CTL, em atendimento à cláusula 18ª;
06. Reajuste de 10% na função gratificada dos coordenadores de Caixa, Retaguarda e Atendimento, acima do reajuste definido no acordo nacional, em atendimento à cláusula 34ª;
07. Adesão ao Programa Vale Cultura, assim que for normatizado pelo governo federal, em atendimento à cláusula 42ª;
08. Redução de taxa de juros e ampliação do prazo praticado nas operações de empréstimos da modalidade consignado, para os empregados da ativa, licenciados e aposentados, conforme a seguir atendimento à cláusula 52ª: prazo de até 12 meses, taxa de 0,80; de até 13 a 24 meses, taxa de 1,10; e de 25 a 72 meses, taxa de 1,20.
Por Déa Jacobina – Seeb/SE