A proposta apresentada pelos patrões do setor do comércio de Campina Grande, na Paraíba, quanto ao reajuste salarial dos comerciários, foi considerada pelo presidente da entidade dos trabalhadores, José do Nascimento Coelho, como um retrocesso.
O Sindicato dos Comerciários reivindicam um aumento de 17%, entretanto, os empresários ofereceram como contraproposta apenas 0,5%, num desrespeito aos trabalhadores, que deflagraram há mais de 30 dias a sua campanha salarial 2013-2014.
Coelho disse que não se concebe o setor do comércio registrar crescimento nas vendas de quase 18%, e em contrapartida os empresários não entendem a participação dos trabalhadores nessa fatia do bolo. “Os trabalhadores estão ansiosos quanto a uma contraproposta que atenda às necessidades dos mesmos”, afirma o sindicalista.
A pauta de reivindicações, que foi entregue aos patrões há mais de um mês, volta a ser discutida no próximo dia 29, às 18h30, no Sindiloja, Centro.
Além do índice salarial superior ao da inflação dos últimos 12 meses, e a reposição das perdas salariais referente aos últimos cinco anos, o sindicato reivindica a manutenção de várias cláusulas econômicas e sociais, a exemplo do vale-refeição para todos os trabalhadores; estabilidade a gestante a partir da gravidez da mesma até 180 dias após o parto; o aviso prévio de 60 dias para todos os trabalhadores; plano de saúde e o seguro de vida e acidentes pessoais.
A redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, que é uma bandeira nacional de luta, também faz parte das reivindicações dos comerciários.
O piso salarial em vigor do comerciário de Campina Grande é de R$ 705,00, valor este, segundo o presidente do sindicato da categoria, é insuficiente para o trabalhador se manter.
Coelho disse esperar dos patrões agilidade no entendimento da pauta, para que não haja desgaste na negociação, tendo em vista que o novo piso entra em vigor em 1o de novembro do corrente ano, data base da categoria.
Fonte: Comerciários de Campina Grande