As 14 organizações que integram a Mesa do Setor Público do Chile, que são apoiadas pelos sindicatos, decretaram greve de 24 horas nesta terça-feira (22) por reajuste salarial.
Os trabalhadores do setor público realizarão concentrações nas principais cidades do país. Em Santiago (capital) está previsto um ato em uma das principais avenidas da cidade.
Entre os órgãos que não funcionarão durante a greve estão: o Serviço de Impostos Internos, a Tesouraria Geral da República e os Ministérios do Trabalho, Saúde, Obras Públicas, Educação entre outros, além de alguns serviços municipais.
A presidenta da CUT chilena, Bárbara Figueroa, estendeu a convocatória para além do setor público. “ Estamos respaldando esta paralisação e esperamos que seja uma grande jornada de mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras”, expressou.
Ela agregou que referente aos salários “a negociação do setor público não impacta somente os mais de 600 mil trabalhadores da categoria, mas afeta também as negociações que se realizam no privado”
A dirigente informou que só na região metropolitana existem cerca de 150 sindicatos negociando “daí que o melhor e bom desenvolvimento deste processo de diálogo com o Estado como empregador, é o sinal mais potente para o setor privado”, disse.
O coordenador da Mesa do Setor Público, Carlos Insulza, fez um chamado para os cidadãos não procurem as instituições estatais como forma de protesto.
Os trabalhadores exigem um aumento salarial de 8,8%, no momento em que o Congresso está com o projeto orçamentário do próximo ano. O aumento solicitado no caso dos salários mais baixos chega a 10%.
Por sua vez, o governo chileno comentou na última segunda (21) de forma irônica a convocatória da greve dos funcionários públicos e o qualificou como “tradição” antes do início de cada ano as negociações por melhores salários.
“É como uma tradição que haja uma greve antes de iniciar essa mesa de trabalho. Esta é a verdade”, afirmou o ministro do Interior, Andrés Chadwick.
Fonte: TeleSUR