Dirigentes dos Sindicatos dos Movimentadores de Mercadorias de São Paulo e Rio de Janeiro estiveram na sede da CTB, na última quarta-feira (16), para expor as demandas das categorias. Os sindicalistas foram recebidos pelo presidente nacional, Adilson Araújo, e o estadual, Onofre Gonçalves.
Durante a reunião, representantes dos Sindicatos detalharam os problemas e impasses na representação e garantia de direitos da categoria.
Os sindicalistas reforçaram a importância do apoio da CTB na discussão que acontece em Brasília, acerca da revogação do art. 3º da Lei no 12.023/2009, que trata das atividades e as condições dos trabalhadores e trabalhadoras na movimentação de mercadorias.
“A reunião foi muito produtiva. Discutimos onde começa e onde termina a nossa categoria para levarmos essa posição para as centrais. Para fazer essa discussão, de reconhecer algo que já existe. Os trabalhadores estão empenhados para alcançar seus objetivos”, destacou Fábio Dysney, presidente do Sindicato dos Movimentadores de Novo Horizonte (SP), ao revelar a situação afeta a sustentação financeira das entidades.
Só no estado de São Paulo, a CTB tem cerca de dezoito sindicatos filiados. “Logo traremos nosso sindicato para filiar-se. Nosso objetivo é que número deve subir para 20 até o final do ano”, revelou Ervaldo de Jesus, presidente do Sintramaerj.
Para os sindicalistas, a parceria com a CTB será fundamental para a manutenção dos direitos das categorias, devido a sua interlocução em Brasília. “A CTB tem as portas abertas no Congresso, tanto com os parlamentares como no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Sem contar que a Central tem projetos, em parceria com as outras centrais sindicais”, destacou Clayton Rubas, presidente do Sindicato dos Movimentadores de Morro Agudo (SP).
Interlocução necessária para a campanha movida pela a categoria contra o Projeto de Lei do deputado Pedro Ucsai (PT/SC), que significa o cancelamento da Portaria 3.204/88, que revoga o art. 3º da Lei no 12.023/2009, que garante aposentadoria especial à categoria.
“Cassando esse artigo, as conquistas dos trabalhadores, que incluiu a aposentadoria especial, com 25 anos de trabalho, vão por água abaixo. A partir daí, o movimentador deixar de ser enquadrado em uma categoria diferenciada, mesmo desempenhando uma função exaustiva, enquadrada em trabalho pesado”, destacou Jaime Santana, presidente do Sindicato de Jundiaí.
O objetivo dos sindicalistas é mostrar para as demais centrais os prejuízos que estão embutidos no PL. “Nosso objetivo é fortalecer a discussão política e a interlocução com as outras centrais, mostrando que o que está sendo em jogo não são os interesses dos sindicatos, mas sim de toda a categoria, que depende do físico para exercer sua função”, afirmou o presidente do Sintramaerj.
Outro ponto destaca durante o encontro, foi o papel social exercido pela categoria, que abre espaço para trabalhadores marginalizados no mercado de trabalho, como ex-presidiários e cidadãos em ressocialização.
“Essa é uma categoria que dá oportunidade para aqueles que são excluídos do mercado de trabalho. Através da movimentação de mercarias o indivíduo consegue se inserir e mostrar que está pronto novamente para o mercado de trabalho”, destacou Fábio Dysney.
Portal CTB