A última quinta-feira (3) foi de intensa mobilização em Salvador. Durante todo o dia, a CTB-BA realizou atividades em diversas partes da cidade para cobrar trabalho e vida digna para todos. A programação começou com um protesto dos trabalhadores da construção civil e foi encerrada com uma passeata em solidariedade à greve dos bancários.
Foto: João Ubaldo
Panfletagens nas principais estações de transbordo de ônibus da cidade também fizeram parte da ação. “Na nossa visão, a defesa do trabalho digno abrange também a luta por saúde, educação, moradia e alimentação para as pessoas. Por isso, a CTB fez questão de levar o debate para as estações de ônibus e outras áreas da cidade”, afirmou Aurino Pedreira, presidente da central na Bahia.
As manifestações envolveram diversas categorias. A Federação dos Trabalhadores em Agricultura (Fetag) promoveu um seminário, os comerciários organizaram panfletagens no Iguatemi e na Piedade, enquanto e os operários da construção civil fizeram um protesto no canteiro de obras do condomínio Greenville, em Pituaçu. Já os bancários, realizaram uma caminhada pelas ruas do centro da cidade e receberam o apoio de comerciários e metalúrgicos, além de trabalhadores da saúde, educação e dos postos de combustíveis, dentre outros.
Em greve há 15 dias, os bancários reivindicam 11,93% de reajuste salarial, mais segurança, saúde e melhores condições de trabalho. “Os banqueiros insistem em não negociar. Enquanto isso, a greve se fortalece a cada dia. Nesta quinta-feira, fechamos 827 agências em todo o estado e vamos ampliar o movimento amanhã”, disse o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Euclides Fagundes.
As atividades fazem parte do Dia Internacional de Ação da Classe Trabalhadora, coordenado pela FSM- Federação Sindical Mundial em várias partes do mundo, que este ano tem como principais temas: alimentos, água, medicamentos, livros e moradia para todos.
No Brasil, os trabalhadores encamparam a mobilização, acrescentando a luta pelo arquivamento do projeto de lei que amplia a terceirização, o fim dos leilões de petróleo pela Petrobras e a democratização da mídia.
“Mais uma vez conseguimos mobilizar os trabalhadores de todo o estado em várias atividades. A CTB conseguiu trazer para as ruas a importância de valorizar o trabalho sem esquecer a dignidade humana”, ressaltou Francisco Silva, dirigente da FSM.
Fonte: CTB-BA