Os profissionais da rede estadual de Educação do Mato Grosso decidiram da tarde da última segunda-feira (16), manter a greve iniciada no dia 12 de agosto.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Educação Pública (Sintep-MT), Henrique Lopes Nascimento, a paralisação vai continuar até o governo apresentar propostas. “Caso o governador se posicione até quarta-feira, marcamos uma nova assembleia. Se isso não ocorrer a greve será mantida e está previsto um ato público na próximo semana”, disse, ao Só Notícias. Uma das cobranças é de aumento em 10,41%.
Nesta terça-feira (17), pela manhã, está agendada a panfletagem na Secretaria de Estado de Educação e, à tarde, os educadores seguem para a Assembleia Legislativa, onde começam a participar das sessões, que seguem até quinta-feira pela manhã. Na quinta à tarde, os trabalhadores retornam para a Seduc, onde fazem panfletagem.
Na sexta-feira (20), o sindicato orienta os professores de todo o Estado a realizarem panfletagem. Se ocorrer o envio de proposta do governo durante a semana a categoria se reunirá na sexta-feira em assembleia geral para avaliar o documento. Caso o governo não reaja a categoria programa ato público para quinta-feira (26) em Cuiabá.
“Nós não temos elementos que justifiquem a suspensão da greve, por isso está mantida. Em que pese a decisão do governo em relação à greve vamos procurar meios legais e esperamos chegar até à última instância”, disse Henrique.
A decisão judicial movida pelo governo, que declarou a greve “abusiva não surpreendeu a categoria. Segundo Henrique a decisão do desembargador Marcos Machado fortaleceu o movimento e profissionais que ainda não haviam parado estão aderindo à greve.
Para a categoria a finalização da greve depende de um posicionamento oficial do governo. “Desde o dia 2 o governador instigou os trabalhadores, prometendo aumentar o percentual de investimento em educação, propondo uma proposta. Mas, parece que o governador está mais preocupado com a Copa do Pantanal e outras coisas. O que vai decidir o término da greve ou não é a proposta do governo e a assembleia”, diz Henrique.
A pauta de reivindicações do sindicato é para política de dobrar o poder de compra, garantia da hora-atividade aos interinos, chamamento dos classificados no concurso público, melhoria da infraestrutura das escolas e aplicação dos 35% como prevê a Constituição Estadual.
Cerca 400 mil alunos das 739 escolas do Estado estão sem aulas há mais de um mês. Em Sinop são aproximadamente 15,6 mil alunos nas 18 unidades.
Portal CTB com agências