A Colômbia, que está em greve há 11 dias, realizará nesta quinta-feira (29) um protesto em repúdio ao modelo econômico atual.
Cerca de 10 organizações sociais lideram a manifestação massiva nos 32 estados numa reivindicação coletiva dos trabalhadores, camponeses, estudantes, médicos, mineiros, professores, que pedem o fim destas políticas que, segundo eles, está acabando com a vida do país.
“Peço a todos os que queiram protestar bom-senso, muito bom-senso”, afirmou por meio de um comunicado o presidente Juan Manuel Santos que, pela primeira vez em três anos de governo, enfrenta uma manifestação desta magnitude. Em Bogotá, estão previstas 15 marchas que partirão de diferentes pontos até chegar na praça de Bolívar.
Reivindicações
A Mesa Ampla Nacional Estudantil (Mane) aderirá a manifestação para reafirmar seu projeto de lei alternativa e reivindicar o direito a uma educação gratuita e de qualidade. Já a União Sindical Obreira começou na véspera uma greve de 24 horas em apoio às manifestações e em rechaço às violações que estão apresentando com todas as empresas petroleiras.
Os camponeses pedem para parar os tratados de Livre Comércio (TLC), os mineiros artesanais sejam reconhecidos e os médicos expressarão seu descontentamento ante o que consideram um engano pela lei estatutária e a lei ordinária que “mantém os intermediários e aprofunda o negócio para as chamadas gestoras de saúde”.
Diálogo
O governo, que dialoga com os agricultores de Boyacá, Cundinamarca y Nariño, anunciou na quarta (28) que apresentou propostas concretas para os manifestantes: a redução a zero dos impostos para fertilizantes, o refinanciamento dos créditos e a assistência técnica para melhorar a produtividade do campo. Depois de 30 horas de conversas a equipe governamental e os produtores agrícolas destes três departamento continuam sem chegar a nenhum acordo.
Em meio a uma dura repressão e enfrentamentos, camponeses de outros 16 estados continuam com os protestos, eles asseguram que a greve vai continuar até que suas reivindicações sejam atendidas.
Fonte: Prensa Latina