3º Congresso: Ato reforça compromisso da CTB pela democratização da mídia

A CTB promoveu nesta quinta-feira (22), antecedendo o 3º Congresso Nacional, um ato pela Democratização da Comunicação, que reforçou a preocupação da central com o aprofundamento do debate sobre o tema.

Coordenada pelo secretário de Imprensa da CTB, Eduardo Navarro, a mesa contou com a participação de Adilson Araújo, dirigente nacional, e Renata Mielle, secretária-geral do Centro de Estudos da Mídia Alterativa Barão de Itararé.

 

“É fundamental fazermos esse debate para conseguirmos avançar nas nossas propostas, dando visibilidade a essa luta tão importante”, destacou Navarro, ao abrir a atividade.

Já a jornalista Renata Mielle, que também é membro do FNDC (Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação), ressaltou a relevância da bandeira para  aprofundamento do processo de  democratização.

“Esse processo que estamos vivendo não é possível ser aprofundado sem enfrentarmos o monopólio dos meios de comunicação. São eles os principais responsáveis por impedir os avanços”, destacou Mielle.

De acordo com a jornalista, a grande imprensa tenta manipular os fatos para colocar a opinião pública contra o governo. “Em junho, quando o povo foi às ruas assistimos os grande meios de comunicação tentando manipular essas manifestações populares contra o governo. Manifestações que eram à princípio por melhores condições de transporte, saúde, educações, e inclusive, pela democratização da mídia”, afirmou.

Para Mielle, a única liberdade imprensa existente atualmente é dos donos dos veículos de comunicação, totalmente monopolizada. “Não temos pluralidade de ideias, diversidade cultural. Todo o conteúdo é produzido no eixo Rio/São Paulo, onde as regionalidades não encontram espaço. Por isso essa luta pela democratização da mídia é uma luta ligada ao avanço do projeto pela democratização do nosso país”, destacou Renata.

Opinião compartilhada pelo dirigente Adilson Araújo, que ressaltou que a pressão exercida pela mídia burguesa contribui para que  governo adote um posicionamento distante da expectativa e anseios da classe trabalhadora. “Se analisarmos a importância das manifestações de junho, que contaram com o apoio do movimento sindical e social, passamos a compreender que precisamos tomar medidas que ultrapassem a constatação”.

Mas para que haja mudanças, segundo o dirigente, é necessário que os sindicalistas se conscientizem. “A mudança há de exigir quebra de paradigmas. O olhar da comunicação é muito particular, e compreender esse esforço renovado, que a mídia imprime às redes sociais é fundamental para fazermos essa disputa”, declarou.

De acordo com o sindicalista é preciso que os dirigentes façam o ‘dever de casa’ para influenciar de forma decisiva e ao exercer a pressão. “Precisamos combinar a necessidade de ter um olhar criterioso sobre a disputa histórica que vamos enfrentar em 2014, que será uma batalha muito difícil, porque é exatamente contra essa mídia que consegue fabricar seus heróis. Por isso que temos que fortalecer esse projeto, repensando a comunicação entre os trabalhadores, porque ao fazer a militância compreender a importância de se ter um projeto do conjunto da classe trabalhadora, podemos influenciar  e desempenhar um papel consciente nesta disputa”, salientou Araújo.

A Lei da Mídia Democrática, o Projeto de Lei de Iniciativa Popular das Comunicações, foi lançada nacionalmente na manhã desta quinta-feira (22), na Câmara dos Deputados em Brasília.

O projeto é fruto de mais de 30 anos de luta pela regulamentação das comunicações no país e está baseado nos resultados da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), realizada em 2009. O objetivo é reunir 1 milhão e 300 mil assinaturas para apresentar o projeto ao Congresso.

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O projeto, que já iniciou a coleta de assinaturas, conta com o apoio e parceria de diversas entidades dos movimentos sociais e sindical, entre elas a CTB.

“Temos que sair daqui com o compromisso  de levar esse debate para os sindicatos  e os estados, agregando essa luta à outras demandas, para conquistar esse instrumento tão importante para propagar nossas ideias”, finalizou o secretário de Imprensa da CTB.

Cinthia Ribas – Portal CTB

Fotos: Mauricio Morais

 

 

 

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