Movimentos saem às ruas em SP contra o propinoduto tucano

A CTB São Paulo participa nesta quarta-feira (14) de um protesto contra o suposto esquema de desvios de verbas do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), que pode ter desviado R$ 400 milhões dos cofres públicos. O caso ocorrido em gestões do PSDB e apelidado de proprinoduto, foi denunciado pela multinacional Siemens.

A manifestação conta também com a articulação do Movimento Passe Livre (MPL) e dos metroviários que há anos denunciam as supostas irregularidades nas obras do sistema. “Vamos cobrar dos órgãos responsáveis a apuração das denúncias e a punição para os verdadeiros culpados”, alerta o metroviário e dirigente da CTB, Flávio Montesinos Godói.

Na quarta-feira (7), em meio às diversas denúncias envolvendo governos tucanos, movimentos e diversas representações de juventudes das entidades se reuniram em uma uma Plenária Nacional, na sede da Apeoesp, (Sindicato dos Professores de SP), para debater uma agenda de luta unificada para apoiar às investigações envolvendo as denúncias da Siemens sobre formação de cartel e superfaturamento na compra de trens e equipamentos para o Metrô e a CPTM.

Estiveram presentes na plenária o vice-presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nivaldo Santana, o presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, o jornalista e blogueiro Altamiro Borges, e os deputados Alcides Amazonas (PCdoB) e Edinho Silva (PT), entre outros.

O presidente da UJS-SP (União da Juventude Socialista), Carlos Eduardo Siqueira, informa que a entidade elaborou um calendário de intensas manifestações para denunciar o governo paulista envolvido em sérias denúncias de corrupção e com isso romper o silêncio midiático sobre o caso.

As atividades iniciam no próximo dia 13 e vão até o Dia dos Excluídos, em 7 de setembro. No dia 13, a jornada de protestos começa com panfletagens nas estações do Metrô e mobilização nas escolas do estado.

“No dia 14, o protestovai denunciar o propinoduto, deve pedir a saída do governador Alckmin”, afirma o dirigente, que garante que todas as semanas ocorrerão manifestações n o estado para mobilizar a juventude pela apuração dos fatos.

Nesta quarta-feira, os sindicalistas pretendem sair do Vale do Anhangabaú, no centro, a partir das 15h, e entregar uma carta de reivindicações na sede da Secretaria de Transportes Metropolitanos, também na região central, no fim da tarde. A dispersão deve ocorrer às 18h30, na praça da Sé. O roteiro planejado pelos manifestantes deve incluir também outros órgãos do governo paulista e a sede do Ministério Público do Estado.

Ao final da tarde os manifestantes participam de um protesto programado para as 17h na Assembleia Legislativa (Alesp), que deve reunir centenas que pretendem ocupar as galerias e a entrada da sede do Legislativo paulista para cobrar a instalação de uma CPI na Assembleia para investigar as denúncias sobre o suposto cartel.

A denúncia do cartel parte do recente acordo feito pela multinacional alemã Siemens com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), no qual, em troca de imunidade civil e criminal, a companhia revelou como ela e outras empresas se articularam para formar cartéis que atuavam nas licitações públicas do setor de transporte sobre trilhos. Mesmo sendo alvo de investigações desde 2008, as empresas envolvidas continuaram a disputar e ganhar licitações.

Portal CTB com agências

 

 

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