Os trabalhadores da Empercom permanecerão em greve até que as pendências relativas ao pagamento de salários, saldamento do plano de saúde e ao cumprimento de diversas cláusulas do Acordo Coletivo sejam resolvidas.
Na manhã desta segunda (12) acontecem duas reuniões decisivas para o movimento: uma com o departamento Jurídico da Petrobrás e outra com a Gerência da Construção de Poços Terrestres, juntamente com representantes da empresa prestadora de serviço.
O Sindicato dos petroleiros do RN (Sindipetro-RN) propôe a suspensão da greve, mediante a regularização de toda a situação. Só então, a entidade deverá começar a tratar da negociação para a renovação do Acordo Coletivo que tem data base em 1º de setembro. Nesse momento, os trabalhadores estão concentrados no Centro de Convivência da Base 34, aguardando o resultado das reuniões.
Além dos problemas citados, os trabalhadores denunciam o descumprimento da jornada de trabalho que deveria ser de 44 horas semanais, no período de segunda à sexta-feira, mas a Petrobrás exige ser diferente, impondo 40 horas de segunda à sexta-feira e mais quatro horas no sábado. Outra fonte de insatisfação dos trabalhadores é a prática constante de assédio moral. Segundo informações obtidas pelo Sindicato, a Empercom chega a incentivar “líderes” para que tratem mal os colegas, sob pena de não se tornarem “aptos” para integrar o “sistema”. Não há diálogo e sobram ameaças de perseguição e demissão quando as inúmeras irregularidades são questionadas.
A greve foi deflagrada na madrugada da última quinta-feira (08), e atinge três sondas, localizadas no Canto do Amaro, Estreito e Macau, envolvendo cerca de 200 trabalhadores. O Sindipetro-RN está à frente do movimento grevista e oferece toda a assistência necessária para que a situação seja normalizada, o mais breve possível.
Fonte: Sindipetro