Em Aracaju, as fortes chuvas desta terça-feira (6) não arrefeceram o protesto das centrais sindicais contra o Projeto de Lei 4330, apelidado de projeto da precarização do trabalho. As manifestações aconteceram no portão da Federação das Indústrias do Estado de Sergipe (Fies), um dos símbolos do capital sergipano.
Cerca de 80 lideranças estavam no ato, liderados pelas cinco centrais regionais: CTB, CUT, CGTB, Conlutas e Força Sindical. Os protestos objetivam retirar o PL da pauta de votação na Câmara Federal. Para impedir a votação, as centrais articulam nova greve geral para o dia 30.
Os dirigentes do Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB/SE) participaram da organização. No ato denunciaram as consequências das terceirizações no setor financeiro e para o conjunto dos trabalhadores.
Inimigo nº 1
O presidente José Souza e a diretora de Comunicação Ivânia Pereira denominaram o misto empresário e deputado federal sergipano, Laércio Oliveira de inimigo nº 1 dos trabalhadores. Ele é um dos lobbystas e o relator do projeto.
O presidente do SEEB lembrou que a terceirização não é um fenômeno novo. “No setor financeiro, por exemplo, os bancos são pioneiros em novas tecnologias de gestão e funcionam como laboratórios. Mas longe de novo, a estratégia é sempre velha. Objetivam a todo o custo retirar direitos e potencializar a lucratividade do capital sob o trabalho”, destacou.
Ainda do SEEB participaram do ato os diretores Everton Castro, Renato Carvalho, Adilson de Azevedo e Adêniton Santana, Elenildes Navarro (FEEB) e Milton do Departamento dos Aposentados.
O presidente da CTB-SE, Edival Gois reafirmou que “a grande lição dos últimos protestos em Sergipe foi a unidade da luta dos trabalhadores com a rearticulação das centrais”.
Déa Jacobina – CTB-SE