Na tarde da última quinta-feira (1º/8), representantes de sindicatos de Caxias do Sul, entre eles os Metalúrgicos, Rodoviários e Comerciários, se reuniram na sede do Sindicato dos Bancários para discutir o Projeto de Lei 4330, que trata da terceirização. Fizeram parte da mesa o deputado federal Assis Melo, o presidente da CTB estadual, Guiomar Vidor, o representante da CUT Regional Serra, Antonio Staut e o presidente do Sindiserv, João Dorlan.
O Deputado Federal Assis Melo, que também é dirigente da executiva nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e faz parte da comissão quadripartite que discute a terceirização, formada por representantes do governo, centrais, empresários e parlamento, comparou o PL 4330 a um “entulho para retirar direitos dos trabalhadores”.
“A terceirização flexibiliza e precariza as relações de trabalho. Porque se quisermos que o trabalhador tenha seus direitos garantidos, ele não pode ser terceirizado.”, ponderou Assis.
O deputado, que tem apresentado diversos projetos em defesa dos trabalhadores na Câmara, também disse que as manifestações do dia 11 de julho não podem ter sido em vão. “Temos que continuar lutando. As centrais sindicais precisam de unidade para avançar em direção ao que ainda precisa ser alcançado”, explicou.
Guiomar Vidor também relembrou das bandeiras de lutas levantadas no dia 11, e disse que “foi uma manifestação emblemática do momento que estamos vivendo no Brasil. Pela primeira vez na história recente do nosso país houve unidade das centrais”. Vidor disse que é necessário fazer com que os trabalhadores compreendam que o PL 4330 é um achatamento dos direitos dos trabalhadores e que participem da manifestação que está marcada para o dia 6 de agosto, em todas as capitais, contra a terceirização. Ele também anunciou que, no dia 5 de agosto, será entregue um documento pela bancada gaúcha pedindo a revogação do PL 4330 e que, no dia 30 de agosto, haverá nova paralisação nacional. “Esta paralisação terá a mesma pauta do dia 11, porque não tivemos nenhum retorno quanto aos itens já pedidos”, finalizou.
Fonte: Sindicomerciários de Caxias do Sul