Sindicalistas da CTB-Bahia (Regional Sul) foram às ruas nesta semana mostrar sua indignação contra a proposta do governo federal e estadual de privatizar a BR 101. Organizado pela CTB, o Movimento Contra a Privatização das Rodovias já lutou contra a privatização da BR 415, no trecho entre Itabuna e Ilhéus em 2007 e obteve vitória.
Desde o início do ano que essa militância tem realizado atos e manifestações no sentido de chamar atenção dos movimentos sociais organizados para o perigo que representa a proposta do governo, que agora tem outro nome, “concessão” mas que na prática é privatização mesmo, pois a previsão é que quem vencer o leilão possa explorar por vinte e cinco anos as praças de pedágios em toda extensão da BR 101 dentro dos estados do Espírito Santo e Bahia.
O trecho baiano da rodovia BR-101 entre Feira de Santana e Mucuri, que será concedido para a iniciativa privada ainda este ano, terá nove praças de pedágio ao longo dos seus 772,3 quilômetros.
O valor base por trecho varia entre R$ 3,80 e R$ 7,50. Com os nove pedágios somados, o preço pago chega a R$ 57,60. Este valor, contudo, ainda será reduzido de acordo com o lance dado pela empresa que vencer a licitação. O leilão para privatização da BR-101 na Bahia, com lançamento do edital em 29 de agosto será realizado em 25 de outubro.
Na Bahia, as praças de cobrança de pedágio ficarão nas cidades de São Gonçalo dos Campos, Conceição do Almeida, Wenceslau Guimarães, Ubaitaba, Buerarema, Mascote, Itabela, Itamaraju e Caravelas.
As praças previstas estão localizadas em São Gonçalo dos Campos, Conceição do Almeida, Wenceslau Guimarães, Ubaitaba, Buerarema, Mascote, Itabela, Itamaraju e Caravelas. Cada praça funcionará em intervalos de 85 quilômetros rodados. Como exemplo, quem sair de Itabuna em direção a Itamaraju, terá que desembolsar, em média, R$ 26,00, se vigorar a tabela planejada na concessão.
Lucro fácil
Para Jorge Barbosa, coordenador do Movimento Contra a Privatização das Rodovias, o cidadão brasileiro paga uma das maiores cargas tributarias do mundo e em contrapartida obtém serviços públicos geralmente de baixa qualidade e como se não fosse o bastante o governo agora projeta pedagiar todas as rodovias brasileiras, inicialmente as mais rentáveis.
Ricardo Carvalho, diretor da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe avalia que este projeto gestado e praticado inicialmente pelos governos de partidos à direita (PSDB/DEM), infelizmente foi abraçado pelos governos petistas e hoje o projeto é privatizar todas as rodovias e vias urbanas rentáveis à cobrança de pedágios.
Fonte: Bancários de Itabuna