Os docentes paraguaios ratificaram que entrarão em greve nesta segunda-feira (29), data do reinício das aulas depois das férias de inverno, e o governo anunciou que pedirá a um juiz declará-la ilegal. Os sindicatos disseram que, ante o incumprimento do Executivo às promessas de resolver suas demandas, não assistirão as aulas a partir desta segunda e se concentrarão em frente ao ministério de Educação.
O caráter da greve será indefinido enquanto as autoridades não remetam ao Parlamento a petição de ampliação orçamentária para o pagamento de bonificações atrasadas, aumento das aposentadorias e pagamento a professores que prestam serviço e não recebem salário. Em várias ocasiões reuniram-se os líderes sindicais com os servidores públicos da Educação, mas estes últimos incumpriram diversos prazos acordados para o envio da petição ao Congresso.
Por outra parte, é pública a posição do ministério de Fazenda que alega não ter fundos disponíveis para satisfazer a demanda magisterial, no meio de uma grave crise orçamentária existente.Ante a decisão dos docentes, o ministro de Educação, Horacio Galeano, afirmou que solicitará a um juiz que declare ilegal o movimento grevista, o que agravará o desacordo entre as partes. Galeano advertiu, além disso, que será descontado cada dia sem trabalhar aos protestantes, endurecendo desta forma a posição do governo de Federico Franco.
Os grêmios envolvidos no protesto são o Comando de Unidade Sindical de Trabalhadores da Educação, a Federação de Educadores de Paraguai, a Organização de Trabalhadores da Educação e o Sindicato que agrupa aos diretores de escolas. Todos eles assinalaram que junto à paralisação de atividades desenvolverão mobilizações em Assunção e outros departamentos do país com a participação de milhares de educadores respaldando suas demandas.
Fonte: Prensa Latina