Na noite de quarta-feira (03), no auditório da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (FETAG), o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-RS), Guiomar Vidor, coordenou o encontro em que estiveram presentes dirigentes e representantes dos mais variados movimentos sociais, desde representantes de diretórios estudantis, organizações de mulheres, de jovens, das centrais sindicais, setores ligados aos movimentos populares e integrantes de partidos políticos.
“Foi uma reunião de extrema importância porque sentimos um clima positivo para que seja feita uma organização bastante ampla para a paralisação que será realizada em todos os setores no dia 11 de julho”, avaliou Guiomar Vidor.
“Ela será marcada pelo sentimento de que a população exige que haja um avanço nas transformações para que o país tenha mudanças positivas. Elas vão desde o reforço ao projeto nacional de desenvolvimento, a valorização do trabalho, mais investimentos na saúde, na educação e naqueles setores sociais que mais necessitam de investimento maior por parte do governo”.
Um dos temas que também fez parte da pauta das discussões foi a Reforma Política, com a maioria tendo manifestado apoio à proposta do plebiscito popular para se estabelecer uma reforma política que signifique avanços, principalmente com o fim dos financiamentos privados nas campanhas eleitorais e a instituição do financiamento público, além da manutenção do voto proporcional, como ocorre atualmente.
A reunião – que contou com a presença de cerca de 150 pessoas – serviu para definir algumas estratégias que serão adotadas no dia 11 de julho. Haverá greve no transporte coletivo, tanto no metrô quanto nas linhas urbanas; as categorias que estão em campanha salarial vão paralisar as atividades e há indicativo de que os colégios não terão aula. Foi definido, também, que o movimento terá a participação de todo o interior do Estado.
“Os sindicatos e entidades estão sendo orientados para que essa atividade tenha sucesso, com um grande dia de mobilizações, paralisações e greves, a fim de marcar o dia 11 de julho como uma data importante para o movimento sindical, para os trabalhadores e para a população em geral, dando um rumo a esse movimento, com propostas concretas e que proporcionem avanços que sejam realmente sentidos pela sociedade brasileira”, informou Vidor.
Em Porto Alegre, pela manhã, haverá atividades específicas de cada setor para discutir as bandeiras dos movimentos, elencadas no material que está sendo distribuído em todo o estado, através de panfletos e com a utilização das redes sociais.
“Na parte da tarde, a partir das 14 horas, serão realizadas concentrações em três regiões da cidade: uma será na frente da estátua do Laçador, na entrada de Porto Alegre; a segunda na altura do Viaduto Obirici, na Avenida Assis Brasil; e a terceira, na chamada “Rótula do Papa”, próxima ao Estádio Olímpico. As três concentrações virão em marcha até o Largo Glênio Peres quando, às 16 horas, realizaremos um grande ato para que sejam divulgadas as propostas construídas de forma unitária entre as centrais sindicais e os movimentos sociais e que justificaram a paralisação nacional de 11 de julho”, finalizou o presidente da CTB-RS.
Fonte: CTB-RS