Os sindicatos filiados à CTB Sergipe marcaram presença no protesto realizado em Aracaju, na última quinta-feira (20), que reuniu mais de 20 mil pessoas, que caminharam juntas pelas principais avenidas, interditando o trânsito.
Na concentração, na histórica Praça Fausto Cardoso, a CTB colheu assinaturas de apoio ao projeto de lei de iniciativa popular da Mídia Democrática.
O presidente da CTB-SE, Edival Góes, afirma que “os protestos local e nacional têm uma grande simbologia para os novos tempos. As redes sociais tiveram um papel fundamental. Ampliaram as vozes sobre as questões das condições de vida que a população vive hoje. A pauta de cobranças tem muito sentido e é oportuno. Esse movimento ajuda a politizar o conjunto da população. Por isso, para os trabalhadores que há anos protestam nas ruas, saudamos e damos boas-vindas a todos os que buscam aflorar sua cidadania”.
Para a secretária de Comunicação do Seeb-SE, Ivânia Pereira, “a manifestação em Aracaju e no Brasil demonstra as possibilidades das redes sociais de furar o cerco da mídia tradicional. Apesar de não sabermos nem o destino nem o fôlego desse movimento, deveremos ficar de olho nas tentativas oportunistas da grande mídia de desvirtuar o protesto para desestabilizar o governo Dilma”, avalia Ivânia Pereira.
Participaram do protesto bancários, policiais, estudantes, professores, enfermeiros, profissionais liberais, sindicalistas, militantes de partidos de esquerda e representantes dos movimentos sociais, com destaque para entidades de defesa dos direitos das mulheres, homossexuais, negros, entre outros.
O colorido dos cartazes, os ‘gritos de guerra’, as palavras de ordem e os rufados de tambor contagiaram aqueles que preferiram observar pelas janelas. No cair da tarde, as luzes de centenas de edifícios das avenidas Hermes Fontes e Adélia Franco acendiam e apagavam, simultaneamente. Uma evidente demonstração de apoio.
Os cartazes improvisados traziam as mais diversas reivindicações: redução da tarifa do transporte coletivo, mais verbas para educação e saúde públicas. Outros preferiram protestar contra o deputado federal Feliciano. A Rede Globo não escapou das reclamações.
Às 20 horas, os ativistas ocuparam por quase duas horas o viaduto Jornalista Déda. Um grupo fechou a passagem para o terminal que leva ao bairro Orlando Dantas, Atalaia e ao Aeroporto Santa Maria. Durante a madrugada, ainda era possível ver grupos de manifestantes retornando a pé para casa.
Fonte: CTB-SE – Déa Jacobina