Os empregados da Caixa Econômica Federal promovem um Dia Nacional de Luta nesta quinta-feira (20) por condições dignas de trabalho. Em Aracaju, o protesto está acontecendo na Caixa Econômica do Calçadão da João Pessoa, Agência Serigy.
Os trabalhadores vão se manifestar fazendo reuniões nos locais de trabalho, atos na porta das unidades e retardamento na abertura de agências, entre outras atividades. Os protestos têm o objetivo de dizer não ao caos nas agências e postos de atendimento da Caixa espalhadas pelo país.
A luta é pelo fim das metas abusivas e do assédio moral, por agências adequadas para o atendimento ao público e pela contratação de mais empregados.
Melhorar as condições de trabalho
As más condições de trabalho são a principal queixa dos empregados da Caixa. Na maioria das vezes, apesar do registro de algumas melhoras substanciais nos últimos anos, a situação nas unidades da empresa está aquém do considerado ideal e saudável para os trabalhadores.
De acordo com o Sindicato além da Caixa não oferecer condições adequadas de trabalho, constata-se ainda o descaso com que a empresa lida com as denúncias e notificações sobre a precariedade de instalações em suas agências e postos de atendimento. Nos mais diversos segmentos de empregados, o histórico de problemas continua alto. A situação é grave em relação aos tesoureiros, cujas precárias condições de trabalho são provocadas pela falta de pessoal, desvio de função, extrapolação da jornada por conta de acúmulo de tarefas e pela demora na instalação de corredores de abastecimento dos terminais e caixas nas agências, o que vem comprometendo a saúde e a segurança desses trabalhadores.
Brasil afora, a política de expansão da rede em um ritmo acelerado tem gerado ainda outro tipo de problema: a inauguração de unidades sem condições mínimas de habitabilidade. A deficiência, nesse caso, é resultado da falta de equipamentos importantes e de condições físicas impróprias dos imóveis.
Assédio
A entidade alerta que o abuso na gestão é também frequente em diversas unidades pelo país, causando em consequência pressão desmedida no dia a dia dos trabalhadores. A cobrança por venda de produtos e as metas inatingíveis, elementos propiciadores do assédio moral e outros tipos de violência, continuam sendo praticados impunemente. Essa situação causa reflexos danosos para a saúde mental e física dos empregados.
A luta por condições dignas de trabalho tem sintonia direta com a defesa do papel social da Caixa, com atuação no fomento à economia, na implantação de políticas públicas e na regulação do sistema financeiro nacional. Isso é fundamental para que a Caixa aprimore, cada vez mais, o seu caráter de banco público.
Por isso o 29º Conecef, realizado no período de 17 a 19 de maio, em São Paulo, definiu que a luta por condições dignas de trabalho será um dos eixos prioritários da mesa permanente de negociações em 2013, com foco em mudanças na organização do trabalho e com base em um conceito que precisa ir além da simples troca de imóveis e equipamentos, passando pelo debate amplo da reorganização dos postos de trabalho e das rotinas, com questionamento ainda ao modelo de gestão.
Fonte: Fenae