Representantes das centrais sindicais defenderam, nesta terça-feira (18), a suspensão imediata das tarifas cobradas pelo transporte público no município de São Paulo. Os sindicalistas participaram de uma reunião extraordinária do Conselho da Cidade para discutir esse tema, como resultado dos protestos realizados nas últimas semanas. Por determinação do prefeito Fernando Haddad, o Movimento Passe Livre (MPL) foi convidado para fazer uma apresentação diante dos conselheiros e explicar suas propostas e visões para o setor.
Para o presidente da CTB, Wagner Gomes, o governo precisa suspender imediatamente o reajuste da tarifa (que desde o dia 2 de junho passou de R$ 3,00 para R$ 3,20). “Além disso, é preciso também abrir negociação como o MPL, incluindo as centrais sindicais, para vermos se através do diálogo conseguimos um valor suportado para a população em geral”, afirmou
O Conselho da Cidade, que conta com 136 integrantes, foi instalado no dia 26 de março para servir como um novo canal de diálogo com a sociedade. É um órgão consultivo, formado por representantes dos movimentos sociais, entidades de classe, empresários, cientistas e pesquisadores, artistas e lideranças religiosas. Os conselheiros têm quatro reuniões ordinárias por ano, para discutir assuntos do município.
O dirigente sindical lembrou também que o momento para discutir o preço das tarifas é oportuno, já que a Prefeitura abriu licitação na semana passada para a renovação dos serviços de transporte público feito em São Paulo por 15 mil ônibus coletivos e 7 mil peruas. Serão os maiores contratos feitos na história da Prefeitura: as duas consultas públicas (para ônibus e vans) somam R$ 46,3 bilhões, valor maior que todo o orçamento da cidade para 2013, de R$ 42 bilhões.
As centrais sindicais também esperam que, após a sinalização do prefeito da cidade de que é preciso chamar a socieadade ao diálogo, algo semelhante seja feito pelo governador Geraldo Alckmin.
“Durante esse processo de renovação, será importante tratar desse tema da tarifa e de como barateá-la”, defendeu Wagner Gomes. “O serviço oferecido é muito ruim e o preço é caro (tanto para o metrô quanto para os trens e os ônibus, fatores que tornam as atuais manifestações totalmente legítimas”, completou.
Portal CTB
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