Integrantes do movimento contra o reajuste na tarifa do transporte público coletivo de Natal foram às ruas mais uma vez para protestar. Por volta das 16h da última qunta-feira (13), um grupo de aproximadamente 50 estudantes se concentraram na parada de ônibus em frente ao Carrefour, às margens da BR-101.
A intenção do grupo era se deslocar até Parnamirim para promover um ato na cidade vizinha porém, agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) contiveram a manifestação, sem a necessidade do uso de força policial.
Os agentes, assim como aconteceu no protesto realizado semana passada, fizeram a leitura da decisão do juiz federal Magnus Augusto Costa Delgado autorizando a PRF e a Polícia Militar a utilizarem as tropas de choque durante a manifestação, caso as faixas da via federal fossem interditadas. A ordem, no protesto de ontem, foi obedecida e os manifestantes seguiram em caminhada pela calçada até outra parada de ônibus localizada em frente a uma antiga concessionária de veículos.
Lá, tentaram promover um “roletaço”, no entanto, devido a uma forte chuva, o grupo mudou de ideia. A passeata da “Revolta do Busão” seguiu em direção a avenida Engenheiro Roberto Freire. Debaixo de chuva, os manifestantes gritavam palavras de ordem e exibiam cartazes com frases contra o aumento no preço das passagens.
Em uma das esquinas da avenida, outro grupo de manifestantes promovia um ato contra as obras de mobilidade na via estadual. Os dois grupos se uniram e, mesmo com a forte chuva, continuaram o protesto. “Estamos aqui para mostrar a população que essa obra é um absurdo. O Estado vai gastar mais de R$ 200 milhões e ainda vai acabar com parte do Parque das Dunas. Não podemos permitir”, disse Deth Hack, uma das organizadoras da manifestação.
O presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos e Cidadania (Coedhuci), Marcos Dionísio, esteva no protesto e afirmou que outros atos serão realizados para que a sociedade tome conhecimento do que ele classificou de “ato irracional do Governo do Estado”.
Segundo Dionísio, a obra de mobilidade da Roberto Freire trará prejuízos à população. “Essa obra é um ato impensado da administração. É irracional querer fazer uma obra desse porte. O problema da mobilidade, nessa avenida, poderia muito bem ser resolvido com apenas três viadutos, e não com esses túneis”, colocou Dionísio.
Os integrantes da “Revolta do Busão” encerraram a manifestação de ontem com um “roletaço”. De acordo com o universitário Mauro Cardia, hoje em uma plenária de avaliação do ato serão definidas as próximas manifestações. Existe a possibilidade de um grande ato no dia 20.
Portal CTB com agências