Após 14 dias em greve, os trabalhadores da construção civil de Sergipe encerraram o movimento de forma vitoriosa. A categoria conseguiu um reajuste salarial de 9% e uma cesta básica de R$ 60. “Os operários e o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil foram protagonistas de uma bela e vitoriosa luta por melhores condições de trabalho e de salário”, comemorou Edival Góes, presidente da CTB Sergipe.
Os dirigentes da Central e do Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB/SE) apoiaram publicamente a greve. Na quarta-feira, 29, eles acompanharam o desfecho da negociação na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE). Durante a reunião, Edival Góes parabenizou o órgão SRTE pela condução das negociações. “Registro aqui a importância da SRTE que ajudou a evitar e reduzir o conflito, buscou o bom senso e conseguiu fechar um acordo entre patrões e empregados”, disse.
O presidente Sintracon, Raimundo Luis Reis, afirmou que os trabalhadores da construção civil saberão retribuir os apoios participando das lutas de outras categorias. Após a negociação, os dirigentes da CTB/SE e do Sindicato dos Bancários comemoraram a vitória com os trabalhadores no Parque Teófilo Dantas, Centro de Aracaju.
Greve histórica
Edival Góis considerou histórica a greve dos operários da construção civil. “Aqui em Sergipe, há mais de 20 anos não presenciamos um movimento como esse no setor da construção civil. Essa greve de 14 dias parou mais de 80% dos canteiros de obras em todo o Estado. Esses dias ficarão na história do movimento classista”, enfatizou.
José Souza, presidente do Sindicato dos Bancários destacou a união da categoria. “Os bancários são solidários às categorias de luta. Os operários da construção civil demonstraram organização e determinação. Na luta de braço com os empresários da construção civil, eles precisavam e contaram com apoio das entidades classistas”, disse.
A secretária de Imprensa e Comunicação do SEEB, Ivânia Pereira, destacou a tenacidade dos trabalhadores e o apoio das outras categorias. “Movimento como esse nos orgulha. O sindicato soube enfrentar os patrões. Não descansou. Recebeu apoio de outras categorias e da sociedade. Apresentou propostas coerentes e saíram vitoriosos”, afirmou Ivânia.
Portal CTB