Diante do descaso dos gestores da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), os médicos reguladores e intervencionistas do Samu decidiram denunciar publicamente as precárias condições de trabalho, instalações e remuneração.
Nesse sentido, farão uma manifestação em frente à Prefeitura, na Praça Municipal, na próxima terça-feira (21), quando o atendimento ficará reduzido ao nível mínimo, durante as seis primeiras horas do dia.
A greve dos médicos do Samu foi mantida na assembleia desta quinta-feira (16), quando a categoria voltou a avaliar as propostas da SMS, concluindo que não há seriedade na forma com que a gestão municipal vem tratando os problemas do Samu, nem a necessária valorização do trabalho médico prestado à população. Desde o dia 14 de maio, os médicos reguladores e intervencionistas do Samu estão em greve por tempo indeterminado.
A greve dos médicos é um recurso extremo, mas necessário, diante do posicionamento do secretário Municipal de Saúde, José Antônio Rodrigues Alves, que não se mostra sensível às reivindicações dos médicos. As propostas apresentadas pelo secretário estão muito abaixo das necessidades dos profissionais do Samu que, além dos baixos salários que recebem, ainda enfrentam condições precárias de trabalho no cotidiano.
Propostas em pauta
Os profissionais propuseram ao governo a implantação da isonomia salarial entre todos os vínculos médicos (estatutários, CLT, PJ, REDA e TAC). E para melhorar o salário dos estatutários – que recebem hoje pouco mais de R$1.800 -, a proposta foi majorar a gratificação de 50% para 200% sobre o vencimento básico. Porém o secretário só ofereceu aumento de gratificação aos estatutários, REDAs e TACs, deixando de fora os médicos cujos vínculos são CLT e PJ.
A proposta alternativa apresentada pela SMS foi majorar a gratificação de 50% para 200% sobre o salário base, porém passando a jornada de trabalho de 24 horas para 40 horas semanais, o que não significa melhoria salarial, mas, ao contrário, aumento da sobrecarga de trabalho. Naturalmente, foi recusada pelos médicos.
A categoria reivindica ainda soluções para as precárias condições de trabalho, os salários defasados e a insuficiência do número de profissionais no atendimento à população.
Fonte: Sindimed-BA