Ganha cada vez mais corpo a mobilização pela Participação nos Lucros e Resultados (PLR) no Complexo Ford, em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador.
Na última sexta-feira (03), o Sindicato organizou uma assembleia na porta da montadora com a presença em massa dos trabalhadores. A entidade reforçou a proposta de R$ 13.769,00 (INPC mais aumento real), um reajuste de quase 11% referente a 2012. Já a Ford inicialmente propôs R$ 12.477,00 durante 3 anos, somente com reajuste do INPC, condição que foi rejeitada pelo Sindicato.
Nas reuniões, os dirigentes sindicais já deixaram claro que a discussão da PLR precisa passar pelo aumento real, além da inflação e mudanças nas metas, em especial do volume de produção e da segurança (ICS).
Em outras montadoras, como a GM em São José dos Campos (SP) foi fechado um acordo de 3 anos com congelamento da PLR no valor de R$ 12.130,00. Já na Volkswagem, no ABC Paulista, o acordo foi de 5 anos, sendo reajustado pelo INPC e 2% de aumento real, valor total R$ 12.500,00. Na própria Ford em São Paulo, o valor fechado é de R$ 13.469,00 para 3 anos.
O Sindicato de Camaçari deixa claro que o valor fechado na unidade serve também para as parceiras que se encontram dento do Complexo Ford, como a Benteler, DHL, Sodecia e Cooper, entre outras.
As autopeças em São Paulo têm fechado valores menores, como, por exemplo, a DHL, com PLR total de R$ 1.500,00; e a Sodecia, que fechou uma PLR de R$ 700,00, em 7 Lagoas (MG).
De acordo com Júlio Bonfim, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari, a Ford tem apresentado excelentes resultados na produção e venda de carros, sendo a unidade de Camaçari uma das mais lucrativas do grupo americano. “É preciso que a Ford aceite dividir o bolo de forma mais justa, como forma de reconhecer a dedicação e o compromisso dos trabalhadores com os resultados da empresa”, explica.
Fonte: Sindimetal Bahia