René González, um dos cinco cubanos condenados nos Estados Unidos por espionagem e que está atualmente em liberdade condicional após 13 anos de prisão, poderá ficar de maneira definitiva em Cuba, após renunciar à cidadania norte-americana.
“O acusado poderá cumprir o resto de seu período de liberdade condicional em Cuba e não terá que voltar aos Estados Unidos”, afirma a sentença de sete páginas emitida na última sexta-feira (3) pela juíza Joan A. Lenard, em Miami.
González, de 56 anos, recebeu uma autorização para viajar ao seu país de origem, onde está desde 22 de abril, para acompanhar o funeral do pai, que morreu um mês antes. Em abril de 2012, o agente já havia viajado à ilha com outra permissão judicial, para visitar um irmão que estava em estado terminal.
Casado e com duas filhas em Cuba, González foi detido em 1998 nos EUA, junto a Gerardo Hernández, Ramón Labaniño, Fernando González e Antonio Guerrero, quando o FBI desmantelou a rede “Vespa”, que atuava no sul da Flórida.
Mais cobranças
Para o secretário adjunto de Relações Internacionais da CTB, João Batista Lemos, a decisão deve ser comemorada por todos os povos que, ao longo dos últimos anos, pressionaram o governo dos Estados Unidos a libertar os “Cinco Cubanos”. No entanto, é preciso olhar com ainda mais atenção a situação vivida pelos outros quatro companheiros que permanecem encarcerados em território norte-americano.
“Todos aqueles que se solidarizam com Cuba devem celebrar essa decisão, mas o momento é de pressionar ainda mais a Justiça dos Estados Unidos, no sentido de conseguirmos, o quanto antes, comemorar a libertação dos cinco patriotas”, afirmou o dirigente.
Com informações do Opera Mundi