1º de Maio no Sergipe defende unidade da classe trabalhadora

Nem mesmo a chuva que caiu sobre Aracaju impediu que trabalhadores do campo e da cidade comemorassem o 1º de Maio na capital sergipana. Centenas deles foram à Praça do Conjunto Sol Nascente, Bairro Jabutiana, e participaram do grande ato público promovido pela CTB Sergipe. Parlamentares e lideranças sindicais e do movimento social defenderam a união dos trabalhadores na luta pela redução da jornada de trabalho e pelo fim do fator previdenciário.

Eduardo Navarro, secretário de Comunicação e Imprensa da CTB Nacional, prestigiou o evento. Trabalhadores rurais de Nossa Senhora das Dores, Arauá, Riachão, Aquidabã, Malhador, Ribeirópolis e São Cristóvão, bancários, servidores públicos municipais, estaduais e federais, aposentados, gráficos e integrantes do Movimento de Luta pela Terra (MLT) e Movimento dos Sem-Terra (MST), e da União Brasileira de Mulheres (UBM) marcaram presença no ato público.

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Outras categorias como vigilantes, taxistas, guardas municipais e do Movimento dos Trabalhadores Urbanos (Motu) também participaram da manifestação. Quem foi ao ato concorreu a dezenas de prêmios, entre bicicletas e eletrodomésticos, todos doados por entidades sindicais ligadas à Central. A festa foi animada por Cissy Freitas e Banda para alegria dos trabalhadores que dançaram mesmo debaixo de chuva.

Gigante

Para Edival Góes, os trabalhadores merecem comemorar o 1º de Maio, e por isso a CTB-SE não mediu esforços para fazer uma festa inesquecível. “Mas é preciso manter o foco e essa é a marca da CTB, a marca da luta classista na defesa dos interesses dos trabalhadores do Brasil. Esse é o nosso papel. Somos jovens. Temos apenas quatro anos, mas somos gigantes pela luta e pela determinação”, disse.

Eduardo Navarro lembrou que o 1º de Maio é dia de comemorar o aniversário dos trabalhadores e, nesta data, a CTB-SE trouxe presentes para quem veio comemorar com a Central. O dirigente nacional da CTB destacou os direitos conquistados pelos trabalhadores com muita luta, a exemplo do salário mínimo e a redução da jornada de trabalho de 14 para 8 horas; a extensão desses direitos aos trabalhadores rurais em 1988 e aos trabalhadores domésticos este ano.

Navarro lembrou, também, os 70 anos da CLT e pediu aos trabalhadores que continuem lutando para acabar com o fator previdenciário e reduzir a jornada de trabalho. Pedro Oliveira Neto, vereador do PC do B em Arauá, tamém esteve no ato da CTB-SE e agradeceu a Deus pela chuva que deu novo ânimo aos trabalhadores rurais e disse que o ato do 1º de Maio foi uma demonstração da importância do trabalhador sergipano para a Central.

Repressão

A vereadora Lucimara Passos, PCdoB de Aracaju, alertou a sociedade para a tentativa do prefeito da capital, João Alves Filho, DEM, de cercear a participação da comunidade e dos pais no processo de gestão democrática nas escolas e à repressão aberta às manifestações populares. Maria de Lourdes Pereira, coordenadora estadual da UBM, defendeu a organização das mulheres em sindicatos e associações “para lutar por igualdade de direitos no campo e na cidade”.

Para Ivânia Pereira, diretora do Sindicato dos Bancários, os trabalhadores devem se organizar nos sindicatos e nos partidos políticos e ocupar mais vagas no Parlamento, seja no Congresso Nacional, nas Assembleias Legislativas ou nas Câmaras de Vereadores. “O Congresso quer retirar nossos direitos, nossas conquistas. Quer rasgar a CLT”, afirmou.

O presidente do Sindicato dos Servidores do Estado, Waldir Rodrigues, afirmou que os trabalhadores não podem baixar a cabeça e devem lutar por seus direitos, sejam quais forem os gestores e denunciou que o Governo do PT, em Sergipe, paga aos servidores da administração geral salários de R$ 622, valor inferior ao mínimo nacional.

Fonte: CTB-SE  (Fotos: Jorge Monteiro)

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