Trabalhadores em educação participaram na sexta-feira (26) de uma audiência pública com membros da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam) e a sociedade. A atividade faz parte da 14ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública.
De acordo com a Delegada Sindical do município, professora Zenir Ferreira, a categoria discutiu os avanços necessários para a educação do município e os principais problemas enfrentados pelos trabalhadores em educação de Rio Preto da Eva. “Levamos para a discussão alguns problemas que enfrentamos no município como o não cumprimento da Lei do Piso, a falta de concurso público, a data base e o atraso no pagamento do décimo terceiro salário. Mas nosso principal objetivo com a audiência é discutir a valorização profissional da categoria em nosso município”, pontuou.
A delegada destaca que o município está há dez anos sem realizar concurso público para a contratação de professores. De acordo com Zenir, mais de 70% dos professores que atuam hoje no município são contratados em regime temporário. “São esses professores, que representam a maioria da folha de pagamento da Prefeitura, que ficam sem receber, tem os salários atrasados e não são respeitados pela prefeitura”.
Outro problema relatado por Zenir está relacionado ao vencimento e as gratificações pagas aos professores da Zona Rural. A delegada explica que os valores pagos ao professores que atuam na Zona Urbana são os mesmos. “Falta valorização profissional para os professores de ambas as zonas, mas muito mais para os que atuam na zona rural. Não é atrativo trabalhar nesta zona, pois as dificuldades são maiores e o valor no final do mês é o mesmo de quem trabalha na cidade. Os professores da zona rural deviam receber um abono”, explica.
A delegada reclama ainda que o prefeito do município não recebe a categoria e não está aberto para atender as demandas já apresentadas pelos trabalhadores. “Desde o início do ano quando o prefeito assumiu vem dizendo que vai sentar para ouvir a categoria e até agora isso aconteceu. Estamos tentando sensibilizar a administração para os problemas enfrentados pela categoria”, destaca.
Fonte: Sinteam