Na manhã da última segunda-feira (15) foi lançado o plebiscito contra a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) nas unidades da Universidade Federal da Bahia (UFA). O plebiscito segue até o dia 19 e envolve técnico-administrativos, professores e alunos da universidade, que atuam nas unidades e votam pela não adesão à empresa. O ato foi marcado com grande movimentação no Hospital Universitário professor Edgard Santos (Hupes).
Para o coordenador geral da Assufba (Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos da UFBA e UFRB), Renato Jorge Pinto, esse ato “é uma importante ferramenta para envolver a comunidade acadêmica na luta contra a empresa”.
De acordo com Maria Luísa Santos, coordenadora de Formação Sindical e representante da Seção Assufba no Hupes, a população precisa estar ciente das intenções do governo quanto aos HU’s. “As consequências da instalação dessa empresa nos hospitais universitários são muito sérias e por isso não podemos ficar parados”.
A coordenadora de Saúde do DCE, Mariana Prates, disse que “o plebiscito expressa o desejo de toda a comunidade pela manutenção do hospital público, atendendo 100% SUS e administrado pela própria Universidade, em respeito à sua autonomia”.
Eleição no Hupes
Durante o ato professores, estudantes e técnico-administrativos cobraram a garantia de escolha do diretor do COM-HupesS, mesmo aprovada no Conselho Gestor do Hospital a comissão eleitoral não foi instalada porque os docentes não indicaram representantes. “Sofrendo influências políticas de um grupo de professores, o processo democrático se encontra em risco, já que este grupo defende ‘Esperar a Ebserh indicar o diretor’. A Assufba já alertou a comunidade de que a eleição independe do contrato, que ainda nem foi assinado, através da campanha “Queremos escolher o diretor”, enfatiza a coordenadora de Comunicação, Cássia Virginia Maciel.
O segundo dia de votação aconteceu na Maternidade Climério de Oliveira (MCO) e a movimentação foi tão intensa quanto no dia anterior. Funcionários e pacientes tiveram a oportunidade de expor sua indignação contra a Ebserh através de seus votos na urna do plebiscito.
A coordenadora de Comunicação da Assufba, lotada na MCO, esclareceu a todos dos perigos que essa empresa trará consigo. “A autonomia universitária estará totalmente prejudicada a partir do momento em que perdermos a administração das unidades hospitalares. Os maiores prejudicados serão aqueles que necessitam dos serviços do SUS que deixarão de contar conosco”.
As atividades seguem de forma itinerante durante toda a semana nas unidades da UFBA.
Portal CTB com Assufba (fotos: Américo Barros)