Dezenas de professores de Patos, filiados ao Sinfemp (Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Patos), decidiram iniciar uma greve por tempo indeterminado a partir do dia 22 de abril na luta por melhores condições de trabalho, aumento salarial de 15%, retroativo a 1° de janeiro de 2013, aprovação do Plano de Cargos, Carreira e Salários, dentre outras reivindicações.
A presidente do Sinfemp, Carminha Soares, afirmou que a categoria antecipou a greve para o dia 22 de abril, pois dias 23, 24 e 25 será realizada a Greve Nacional da Categoria em todo o país, na luta pela implantação do piso nacional.
A Prefeitura Francisca Motta até o momento não atendeu a nenhuma reivindicação da categoria e isso revoltou os profissionais do magistério, que estão com seus salários congelados, pois sequer foi repassado o aumento concedido pelo governo federal de 7,97%.
Antes do dia 22, será realizada uma reunião para escolher o comando de greve, tendo representantes por escolas e creches, para assegurar 100% de paralisação.
Outras manifestações serão realizadas em frente a Secretaria de Educação, como também em frente a Prefeitura, além de ser enviada uma carta aos pais de alunos, colocando a situação, informando quanto o município recebe de FUNDEB, FPM, dentre outros.
O Sinfemp também irá acionar o Ministério Público Estadual e a Procuradoria Regional do Trabalho para verificar os recursos oriundos do FUNDEB, 40% e 60%, relação de funcionários que recebem pelo FUNDEB, valor que cada um recebe, local de trabalho, número de contratados e comissionados,além da prestação de contas do FUNDEB de 2012 e até o mês de março de 2013.
Carminha Soares lamentou mais uma vez a forma como a Prefeita vem tratando os servidores municipais, diferente do que falou no debate promovido antes da eleição. “ Naquele dia Francisca se comprometeu a manter as conquistas dos servidores e ampliar o atendimento a outras reivindicações, inclusive recebeu um documento da nossa entidade e hoje a coisa está totalmente diferente, ou seja, os secretários dificultam a negociação e fica por isso mesmo”, frisou a mesma.
Outro exemplo citado pela sindicalista é a grande contradição que existe, pois em 8 anos do governo anterior foram concedidos 156% de aumento salarial e em 2013, não ter dinheiro para conceder o aumento, mesmo recebendo do governo federal não justifica. “Não tem como entender isso, pois o FUNDEB recebeu aumento de 7,97% desde janeiro e não ter dinheiro, para onde está indo?”, indagou a mesma.
Fonte: Sinfemp