Em assembleia realizada pelo Sindicato dos Fazendários do Estado da Bahia (Sindsefaz-BA), na manhã desta segunda-feira (08), na Fundação Luís Eduardo Magalhães, no CAB, em Salvador, os fazendários baianos aprovaram indicativo de greve para o próximo dia 25 de abril. Uma paralisação de advertência por 24 horas também foi agendada para o dia 18 deste mês, com o objetivo de pressionar o governo.
De acordo com o Sindsefaz as negociações não têm avançado. A direção do sindicato se reuniu com o secretário da Fazenda, Luiz Petitinga, há cerca de 15 dias, mas não obteve respostas quanto a reivindicações antigas, a exemplo do plano de cargos e salários dos técnico-administrativos, a revisão do teto salarial dos auditores fiscais e reposição de perdas inflacionárias.
“Vamos pressionar para que o governo faça uma efetiva negociação”, reforçou a dirigente do Sindsefaz, Marlúcia Paixão. Ela explica que é preciso abrir uma interlocução. “Nossa avaliação é que a pauta de outros segmentos do funcionalismo só têm avançado com pressão, o que é ruim porque a mesa permanente que tínhamos foi extinta, deixando de ter uma interlocução direta com o governo Wagner”.
Apelo à negociação
Após a assembleia, cerca de 300 fazendários seguiram até a Governadoria onde entregaram a pauta da categoria e uma carta a ser encaminhada ao governador Jaques Wagner. Eles relatam a falta de diálogo e a necessidade de uma política de valorização dos servidores da Fazenda.
A categoria considera inadmissível tamanha demora no trato das questões relativas aos fazendários. O Sindicato afirma que auditores, agentes e técnicos têm cumprido suas obrigações com louvor, colaborando com o aumento da arrecadação do Estado, o que não condiz com o tratamento dado pelo governo às reivindicações desses trabalhadores.
Mobilização do Funcionalismo
Além da pauta específica, os fazendários se juntam a outras categorias do funcionalismo estadual para cobrar do executivo o envio da mensagem de reajuste linear à Assembleia Legislativa. De acordo com o presidente da CTB-BA, Adilson Araújo, que acompanhou a assembleia, “há uma inquietação dos trabalhadores, uma vez que a data-base foi firmada para janeiro, conforme determina o Estatuto do Servidor”. Os professores e policiais já agendaram para esta terça e quinta-feira, respectivamente, suas assembleias em resposta ao descumprimento do acordo pelo governo.
Fonte: CTB-BA
