Lideranças da CTB, FETRAB (Federação dos Trabalhadores Públicos), AFPEB (Associação dos Funcionário Públicos), e outro sindicatos de representação do funcionalismo público do Estado da Bahia estiveram presentes na tarde da última quinta-feira (4), na sede da Governadoria no Centro Administrativo. O objetivo da ida ao prédio foi exigir mais celeridade ao governo do estado no envio da mensagem de reajuste à Assembleia Legislativa, uma vez que a data-base foi firmada para janeiro, conforme determina o Estatuto do Servidor.
Os trabalhadores foram recebidos pela coordenadora de articulação social da secretaria de Relações Institucionais (Serin), Mary Cláudia Souza, que se demonstrou sensível aos argumentos dos representantes e se comprometeu a passá-los ao secretário Paulo Cézar Lisboa. Isso foi considerado muito pouco, diante ao nível de apreensão causada pelo tema na categoria e ao lapso de tempo que a medida já deveria ter sido efetivada.
A grande preocupação dos sindicalistas, além do descumprimento da data-base, é a possibilidade do governo repassar apenas o percentual de 5,84%, que é a inflação medida pelo IPCA/IBGE 2012. Esse repasse não seria suficiente, pois deixaria grande parte dos trabalhadores do estado com vencimentos inferiores ao salário mínimo nacional que foi reajustado em 9%. Nos anos anteriores, o governo vinha aplicando o índice inflacionário e acrescentando parte das gratificações aos salários, para atender o SM.
No entanto, essa ação não será possível se repetir por falta de margem técnica. O governador se mantém numa posição de inércia despreocupada. A repercussão que a falta do diálogo tem sobre o funcionalismo vai apimentar abril, que foi eleito o mês de luta do funcionalismo. Já a partir da semana que vem, as categorias começam a se mobilizar, a exemplo das assembleias dos fazendários, na segunda-feira, dia 08/04/2013, às 8h30, no auditório da Fundação Luiz Eduardo Magalhães, no CAB; dos professores, no dia 09/04/2013, às 9h, no Ginásio de Esportes do Sindicato dos Bancários da Bahia, na Ladeira dos Aflitos; e dos policiais militares, quinta-feira, dia 11/04/2013, às 15h, também no Ginásio dos Bancários, em Salvador.
O governo comete os mesmos erros do passado, reconhecidos pelo próprio Jaques Wagner em autocríticas públicas, com relação à sua atuação de distanciamento nos movimentos de 2012, sobretudo nas greves da Polícia Militar e da Educação, que geraram grande desgaste político. No ato desta quinta, na Governadoria, os trabalhadores tinham a intenção garantir agilidade no envio da mensagem à Alba, mas a resposta foi apática e desproporcional ao anseio dos trabalhadores. É preciso haver mais celeridade e a reativação da Mesa central de negociação para não correr o risco de mais uma vez parar o Estado.
Fonte: FETRAB