A CTB Bahia, divulgou uma nota pública em que demonstra preocupação com o impasse instalado entre os governos estadual e municipal na definição sobre o sistema de integração a ser adotado entre ônibus e metrô da capital baiana.
A Central Sindical ressalta que a obra para construção do modal já dura 13 anos e segue sem data definida para conclusão. Dos 12 quilômetros do projeto inicial apenas 6 foram construídos ao custo de cerca de R$ 700 milhões. As composições e os 24 vagões adquiridos em 2008, por R$ 100 milhões, estão em galpões sendo sucateados. De acordo com a CTB, trata-se de um “desrespeito com o dinheiro público”.
Para a entidade, o maior prejudicado com a situação é, sem dúvida, o trabalhador. A nota argumenta que, “enquanto as capitais brasileiras e as maiores cidades do mundo investem em modernos sistemas de transportes, Salvador parece parada no tempo, impondo a sua população a humilhação de conviver com um trânsito caótico, ônibus sucateados, lotados, atrasos nas linhas e congestionamentos diários, que consomem a qualidade de vida do trabalhador”.
O documento que foi divulgado à imprensa e aos trabalhadores argumenta que, tendo em vista as próximas reuniões entre os gestores públicos envolvidos no debate, “a CTB Bahia vem a público defender que a decisão sobre quem deve explorar o trecho de ônibus que levará ao metrô não pode atender interesses meramente comerciais ou políticos, mas sim o interesse do cidadão que exige a escolha da solução que menos onere a tarifa”.
A Central diz que os trabalhadores esperam que o acordo sobre o sistema de alimentação do metrô chegue em breve e que traga consigo a proposta de uma tarifa “menos exorbitante do que a que vem sendo praticada hoje pelo péssimo serviço prestado pelas empresas que administram o sistema de transporte coletivo em Salvador”.
De acordo com nota divulgada na Coluna Tempo Presente, do Jornal Atarde, o governador Jaques Wagner e o prefeito de Salvador ACM Neto voltam a se encontrar nesta quarta-feira (3) para tentar um acordo sobre o metrô. Outras reuniões já ocorreram sem chegar a um consenso.
Fonte: CTB-BA