A Arte de Cecilia Meireles

A Mulher tem presença
Na extraordinária Literatura Brasileira
Cecilia Meireles é uma delas
Poetisa carioca das terras de Manoel Bandeira
Seu legado literário
É como o fruto saudável que vem de uma frondosa macieira.

Desafiou sua época
Foi uma mulher progressista
Conheceu vários países do mundo
Enfrentou no seu tempo o mundo machista
Além de grande poetisa
Foi uma grande jornalista.

Cecilia Meireles,
Tinha o delicado gesto feminino de perceber o universo
Leveza e suavidade
Estão implícitos nos seus versos
Em “motivo”
Sua linguagem vai do côncavo ao convexo.

“Eu canto porque o instante existe
E a minha vida está completa
Não sou alegre nem sou triste:
Sou poeta”!
A poesia é a liberdade
Atropelando a hipocrisia de quem lhe detesta.

“Irmã das coisas fugidas
Não sinta gozo no tormento
Atravesso noites e dias:
No vento”!
A poesia é dialética
Nada do que foi será o que vi nesse momento.

“Se desmorono ou se edifico,
Se permaneço ou me desfaço
-Não sei não sei. Não sei se faço
Ou se passo”.
A poesia não se desequilibra
Não segue as regras puras do compasso.

“Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mundo
Mais nada”.
Mas eu não desisto
Nem que seja difícil a fadiga da caminhada.

“A vastidão desse campo
A alta muralha das serras
As lavras inchadas do ouro.
Os diamantes entre as pedras”.
Riquezas naturais Brasileiras
Concentradas nas mãos de poucas merdas.

“A vida só é possível
Reinventada”.
Sem opressão,
Sem liberdade vigiada
Que nossos sonhos libertários
Não se percam na primeira empreitada.

“Tenho fases,
Como a lua.,
Fases de ser sozinha
Fases de ser só sua”.
Quando penso em você
Relembro aqueles protestos de ruas.

A poesia de Cecilia
Fica bonita quando é cantada
Na canção “canteiros”
Na voz de Fagner fica encantada
Se só escutou não discerniu nada
Os versos são dela da inconfidente rebelada.

Cecilia Meireles:
Na sua época você foi uma heroína
Descreveu sua arte
Com a altivez de uma jacobina.
Cecilia: você foi uma revolucionária
Que no mundo das letras nos fascina.

Por Francisco Batista Pantera (professor, jornalista, poeta e presidente da CTB-RO).

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