Metalúrgicos de Betim definem metas mais humanas para ampliação conquistas na PLR 2013

Reunidos em assembleia, no último domingo (03), no Clube dos Metalúrgicos, os trabalhadores da categoria, unidos à diretoria do Sindicato, aprovaram, por unanimidade, as principais estratégias e ações de luta que deverão nortear as negociações da Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) deste ano com as empresas da nossa base.

A assembleia autorizou a diretoria do Sindicato a encaminhar, já a partir desta segunda-feira (4), ofícios solicitando a abertura de negociações com cerca de 20 das maiores empresas da categoria, dentre elas a a Fiat Automóveis, carro-chefe do setor automotivo, e suas principais fornecedoras de peças.

Durante a assembleia, os metalúrgicos argumentaram que é preciso intensificar a mobilização nas fábricas e a unidade junto ao Sindicato para reforçar a luta pela elevação dos valores negociados para a PLR, em relação aos que foram alcançados nos acordos de 2012.

Metas “mais humanas”

Os metalúrgicos também elegeram como prioridade nas negociações deste ano a luta pela inclusão nos acordos de PLR de metas “mais humanas” – isto é, possíveis de ser alcançadas pelos trabalhadores.
Também defenderam a escolha consciente de membros para as comissões que irão negociar juntamente com o Sindicato e as empresas.

Para isso, o presidente do Sindicato, João Alves de Almeida, diz que é preciso que os metalúrgicos estejam atentos e saibam que nas negociações da PLR um fator depende necessariamente do outro.

“Ou seja, para garantir a reivindicação de metas que não exijam um esforço além do limite físico e mental dos metalúrgicos é necessário, portanto, eleger comissões de empregados cujos membros que tenham compromisso com reais os interesses de todos os trabalhadores da fábrica”, afirma.

“Além disso, temos que defender eleições com mais transparência de forma a garantir democracia na escolha destes trabalhadores para as comissões”, afirma João Alves.

Atestados médicos

Outra preocupação manifestada pelo Sindicato e os metalúrgicos durante a assembleia é que, as negociar os acordos, haja maior atenção no que se refere aos atestados médicos. Isto porque, em algumas empresas, tem sido prática comum que as faltas justificadas com atestados médicos sejam descontadas no valor final da PLR.

“A PLR tem um custo muito penoso para os trabalhadores. É um ganho importante, mais variável. Por isso, embora tenhamos que ter especial atenção à negociação das metas e valores, não podemos perder nosso foco principal que é a luta pela melhoria das condições gerais de trabalho nas fábricas e por salários mais dignos”, completou o diretor do Sindicato, Marcelino da Rocha, que também preside a Federação Interestadual dos Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (FIT Metal).

Eduardo Durães, com fotos de Jainder de Assis

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