Médicos paralisam atividades em maternidade de referência na Bahia

Os médicos da Maternidade de Referência Professor José Maria de Magalhães Netto, em Salvador, paralisaram as atividades no último sábado (02), por tempo indeterminado. A postura da direção da unidade frente ao movimento, no entanto, relembra as atitudes arbitrárias e autoritárias de governos que pareciam já ter ficado num passado de triste memória, e que contrariam o que se espera de uma gestão democrática, como diz ser a atual.

Logo pela manhã do primeiro dia de paralisação, o presidente do Sindimed, Francisco Magalhães, foi impedido de entrar na Maternidade por seguranças, que agiam sob a orientação do diretor da unidade, Carlos Amaral.

Segundo Francisco Magalhães, embora os médicos estejam abertos para negociação desde o início do movimento, os representantes da Santa Casa e da Secretaria de Saúde do Estado não apresentaram uma proposta que atenda as reivindicações. Além da paralisação por tempo indeterminado, está em pauta uma ação jurídica contra a Santa Casa para rever os direitos trabalhistas dos funcionários.

A principal reivindicação é a assinatura da Carteira de Trabalho com todos os direitos da CLT, e os médicos também querem melhorias nas condições de trabalho, contratação de mais profissionais para recompor as equipes de plantão, isonomia salarial, retomada de um corpo clínico atuante e pagamento dos salários na data certa.

Desde o último sábado (2), a maternidade não recebe novos pacientes, nem mesmo através da regulação. Permanece apenas o atendimento dos que já estiverem internados. A orientação é que a população procure outras unidades de atendimento até que os médicos tenham as reivindicações atendidas pela Santa Casa, que é a gestora da maternidade.

Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos da Bahia, os profissionais daquela maternidade não querem mais trabalhar com vínculos empregatícios precarizados “A vinculação através da chamada PJ (pessoa jurídica), além de constituir fraude ao contrato de trabalho e, portanto é ilegal, torna a relação do médico com a instituição muito insegura” pontuou Magalhães.

Principais reivindicações:

• Assinatura da Carteira de Trabalho com todos os direitos da CLT;

• Recomposição das equipes de plantão;

• Pagamento de salários dentro do prazo legal;

• Solução para a falta de materiais e medicamentos.

Fonte: Sindimed-BA

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