A abertura da oitava legislatura da Assembleia Nacional do Poder Popular de Cuba ratificou, neste domingo (24), o nome de Raul Castro como presidente do país pelos próximos cinco anos. Durante a cerimônia, também foram anunciados os nomes dos novos vice-presidentes da nação. Entre eles, está o sindicalista da Central de Trabalhadores de Cuba (CTC), Salvador Valdés (na foto ao lado, junto de Raul).
O atual secretário-geral da CTC, de 67 anos, ocupará uma das vice-presidências ao lado de Mercedes López Acea, José Ramón Machado, Ramiro Valdés e Gladys Bejerano. Também foi eleito o novo vice do Conselho de Estado, Miguel Diaz-Canel, para o cargo imediatamente abaixo de Raul Castro, que, aos 81 anos, afirmou que deixará o poder em 2018.
Além da promessa de deixar o poder após esse período, o presidente reeleito informou que os mandatos de autoridades cubanas terão limite até dez anos. Ele disse que o novo mandato não será utilizado para “restaurar o capitalismo em Cuba”, mas reconheceu que o país precisa de mudanças para consertar erros cometidos no passado.
“Temos o dever de corrigir os erros que cometemos nessas cinco décadas de construção do socialismo em Cuba”. Raúl Castro acrescentou que os “ajustes” terão limites. O planejamento, e não o mercado, será o traço definitivo da economia e não se permitirá a concentração da propriedade. Mais claro que isso, nem água”, ressaltou o líder cubano.
Ele disse ainda que seu governo continuará a implementar gradualmente as mudanças iniciadas no plano econômico, político e social. Segundo Castro, créditos e subsídios serão eliminados e as funções partidárias (do Partido Comunista) e de governo serão separadas. “O partido deve dirigir e controlar, e não interferir nas atividades de governo em qualquer nível”, comentou. O tema será discutido na Conferência Nacional do Partido Comunista no ano que vem.
Diante dos parlamentares, Raúl Castro também falou sobre a importância da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e dos possíveis obstáculos para a sua consolidação. “Sabemos que a Celac enfrentará obstáculos derivados da injusta e insustentável ordem internacional. Temos que buscar a unidade dentro da diversidade”, destacou.
Cuba assumiu a presidência da Celac no último mês de janeiro, durante a Cúpula da Comunidade em Santigo, no Chile. A ilha sediará e organizará a próxima reunião da Celac em 2014.
Com informações da Agência Brasil