Trabalhadores do Banco do Brasil lotaram as plenárias promovidas na noite da última quarta-feira (30) pelos Sindicatos dos Bancários da Bahia e Sergipe (SEEB) para levar à categoria informações sobre o novo Plano de Comissões implantado unilateralmente pela instituição.
Durante as plenárias, que aprovaram a tomada de medidas judiciais, os trabalhadores do BB deixaram clara a insatisfação com a instituição e a falta de transparência com os funcionários. Para a categoria a ação fere o trabalhador e incentiva a competição e o individualismo. “É uma prática neoliberal, que favorece o capital através da redução de valores da folha de pagamento. O trabalhador fica refém da comissão e, como consequência, adoece e perde a qualidade de vida”, Florival José Bonfim, funcionário do banco há 21 anos.
De acordo com o sindicato, o programa imposto tem duas funções: uma gratificada, com jornada de seis horas, e outra de confiança, com jornada de oito horas. O Sindicato alerta que agora, os funcionários têm de optar por manter os cargos de oito horas ou reduzir para seis horas.
“Além de ter elaborado unilateralmente todo o planejamento, o BB reduz os salários de quem optar pela redução de jornada. A prática só prejudica os trabalhadores. Em diversas agências do BB, os gestores pressionam os funcionários para que assinem o acordo e aceitem o plano proposto”, destaca José de Souza, presidente do Sindicato dos Bancários do Sergipe.
O Sindicato fez um alerta para o problema. Em negociação com o banco, houve o pedido de anulação da adesão até que seja determinado juridicamente. Mas, o BB manteve-se intransigente e não admitiu negociações.
Os sindicatos e Federações entrarão com ações judiciais no Ministério do Trabalho para tentar impedir essa implantação. “Não vamos ficar parados. Entraremos com medidas judiciais para impedir mais essa arbitrariedade cometida pela BB”, reforçou Souza.
Portal CTB com SEEB BA e SE