Sem acordo com o Governo Estadual, professores do Paraná ameaçam greve para o dia 13 de março. O atrito começou com o descumprimento, por parte do Estado, de acordos realizados durante todo o ano de 2012, segundo a APP.Um dos principais motivos é a negativa de implementar os 33,3% de hora-atividade estipulados pelo Ministério da Educação.
Segundo Sérgio Marson, presidente do escritório regional de Umuarama do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Paraná (APP Sindicato), a decisão da greve surgiu depois do recuo do governo em implementar os 33,3% de hora-atividade para os professores, a retirada do reconhecimento da graduação para o agente educacional I e especialização para o agente II do projeto de lei que altera o plano de carreira dos funcionários da educação.
“O valor do piso salarial nacional do magistério da educação básica teve reajuste de 7,97% em 2013. Nossa luta também será para implementação desse percentual já em janeiro, como também a reposição da inflação. Por isso e no dia 13 de março as Escolas Estaduais entram em greve”, disse o presidente.
A decisão em se iniciar a greve somente em março tem em conta o processo de distribuição de aulas, que se encerra em fevereiro, mês que os trabalhadores também terão para organizar o movimento nas escolas, após as férias de janeiro.
Para antes de se iniciar a greve, os participantes definiram intensificar o debate nas escolas e na comunidade a fim de se construir um movimento forte e unificado. O início da mobilização será com o Dia da APP na Escola, em 7 de fevereiro, para, com debates, os trabalhadores se envolverem no movimento. Há um indicativo, porém, de que já entre os dias 4 e 6 de fevereiro, durante a Semana Pedagógica, seja feito um debate conjunto por setores ou municípios.
No centro das demandas grevistas, a pauta salarial dos professores incluirá cumprimento da Lei do Piso Salarial Profissional Nacional (que deve ter novo reajuste de em janeiro de 2013).
Reajuste do piso
O Ministério da Educação divulgou o aumento no piso salarial dos professores, o valor passa de R$ 1.451 para R$ 1.567 e já será pago, por estados e municípios em fevereiro. A composição do piso leva em conta o custo anual por estudante dos últimos dois anos, calculado pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
O reajuste do piso em 2013 de 7,97% não segue a tendência de aumento dos últimos dois anos, quando foi registrado 22%, em 2012, e 18%, em 2011. Segundo o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, o reajuste menor é por causa da desaceleração da economia e da queda na arrecadação de receitas.
Portal CTB com agências