Os serviços públicos na Grécia iniciaram nesta quarta-feira (19) uma greve de 24 horas. A paralisação foi convocada pelos sindicatos para protestar contra os prejuízos sofridos pelo setor público em razão das fortes medidas de austeridades. O setor de transportes foi fortemente afetado. Os trens operam em esquema de emergência e o metrô de Atenas parou de funcionar no horário de pico. Os voos ficarão interrompidos por seis horas.
Os serviços estatais, como agências do setor tributário e de seguridade social, assim como hospitais e escolas também ficaram fechados. A greve foi convocada pelo principal sindicato do setor, o Adedy, em protesto contra a “destruição” do serviço público durante os três anos de dolorosos cortes de gastos governamentais.
As paralisações devem durar entre as 8h de hoje e 11h da quinta-feira (de Brasília). Cerca de 25% de toda a mão de obra trabalhadora na Grécia faz parte do funcionalismo público do país. O Adedy e o sindicato do setor privado GSEE convocaram uma demonstração no centro de Atenas para as 9h30 (de Brasília).
Opostos ao otimismo evidenciado pelos governantes, que acordaram no final da semana passada com a União Europeia e o FMI um novo pacote de ajuda, os trabalhadores do Estado reclamam contra os cortes nos salários e o iminente aumento dos impostos.
Um comum cidadão grego, entrevistado, defende que “as greves ainda têm significado”. “O governo recebe o dinheiro do pacote de ajuda, mas eu nunca vou conseguir pôr os meus olhos nesse dinheiro”, constatou, em jeito de desconfiança sobre o atual executivo.
Com informações da Agência Euronews