Em defesa da saúde pública e dos direitos dos trabalhadores do setor, o Sindsaúde Bahia realizou manifestação em frente ao Hospital Couto Maia, em Salvador, na manhã de quarta-feira (12/12). O protesto foi contra a desativação da unidade e a privatização do novo Instituto Couto Maia (ICM).
O ICM será o resultado da fusão dos hospitais Couto Maia e Dom Rodrigo de Menezes, localizado em Águas Claras. Embora a situação preocupe a maioria dos servidores, muitos deles se sentiram intimidados a participar do ato com medo de sofrerem represálias.
“As portas do Estado, cada vez mais, se fecham para o serviço público. Enquanto isso, está cada vez mais aberta para as empresas privadas”, protestou a presidente do Sindsaúde-Ba, Inalba Fontenelle. Durante a manifestação, ela lembrou que a proposta de implantar a gestão por PPP (Parceria Público Privada) no novo ICM põe em alerta alguns questionamentos. Um deles é se a fusão dos hospitais atenderá às necessidades de atendimento da população.
O presidente do Sindimed-Ba, Fancisco Magalhães, ressaltou que a privatização poderá trazer grandes perdas para servidores e até mesmo a redução do quadro de funcionários, já que as empresas privadas visam o lucro e a redução de despesas.
Os trabalhadores e o Sindsaúde-Ba cobram do governo do estado uma ampla discussão sobre a fusão dos dois hospitais, em defesa da garantia de um atendimento de qualidade e dos direitos dos funcionários. O governo do estado, de forma unilateral, decidiu implantar a gestão por PPP, visando à privatização do ICM, através de uma empresa escolhida por meio de licitação. Para o Sindsaúde-Ba, a gestão por PPP é uma forma de privatização do SUS e contribui para a precarização das relações de trabalho.
Com a transferência da gestão do Instituto para uma empresa privada, o governo abre mão do seu dever constitucional com a saúde, além de ferir a Constituição também no aspecto da contratação de pessoal, já que o sistema de PPP dispensa concurso público.
Na última quarta-feira (5), o Sindsaúde-Ba, servidores e moradores de Águas Claras realizaram manifestação em frente ao Hospital Dom Rodrigo de Menezes, quando deram um abraço simbólico na unidade e protestaram contra a desativação do hospital.
Fonte: Sindsaúde-BA