Enquanto o Santander não se posiciona sobre a onda de demissões que tem prommovido, os bancários de todo o Brasil aguardam ansiosamente a audiência no Ministério Público do Trabalho, marcada para segunda-feira, às 9h. Até lá, as paralisações de protesto contra a situação continuam. Em Salvador, sete agências seguem sem atendimento.
O Sindicato da Bahia já havia denunciado o caso ao Ministério do Trabalho, por entender que demissões de quantidade expressiva de funcionários devem ser previamente avisadas às entidades sindicais, para que todas as medidas sejam analisadas a fim de evitar os desligamentos.
Em São Paulo uma liminar suspendeu as demissões. A desembargadora Rilma Aparecida Heleutério, do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (capital e região metropolitana de São Paulo), deferiu liminar ingressada pelo Sindicato e suspendeu todas as demissões sem justa causa feitas pelo Santander nesta semana.
De acordo com a juíza, todas as dispensas que ainda não foram homologadas estão suspensas. Se descumprir, o Santander vai pagar multa diária de R$ 100 mil. Um bom começo. Caso a direção do Santander desobedeça a liminar que proíbe as demissões, o banco pagará multa diária de R$ 100 mil.
“Vocês são uma instituição europeia e foram acolhidos no Brasil. Têm de respeitar os brasileiros como respeitam os espanhois”, afirmou a desembargadora, lembrando que os trabalhadores da Comunidade Europeia contam com leis de proteção ao emprego que não existem no Brasil. “Mas o trabalho é uma questão social e tem de ser olhado dessa forma.”
A desembargadora destacou, ainda, a boa situação do banco. “Todos os rankings de consultorias indicam que não há crise no Santander. Ou seja, não precisa demitir.”
Portal CTB com agências