Em Dia Nacional de Luta, bancários fecham agências do Itaú em Salvador e Feira de Santana

Os funcionários do Itaú participaram na última quarta-feira, dia 5, do Dia Nacional de Luta contra o horário estendido de atendimento ao público. Em Salvador, a Federação e o Sindicato da Bahia fecharam seis agências do banco. O Itaú estabeleceu um critério de abertura das agências de 10 horas e não gerou um posto de trabalho. Ao contrário, vem demitindo e substituindo os trabalhadores mais antigos por novos.

A greve de advertência durou 24 horas, se estendeu por todo o país, num protesto contra as demissões em massa, a rotatividade de mão de obra e a não valorização dos empregados.

Só o Itaú demitiu 7.728 funcionários em um ano. Em 2012, apesar do lucro de R$ 3,4 bilhões no primeiro trimestre, o banco já reduziu 1.964 postos de trabalho. Outra prática para reduzir os custos e aumentar o lucro tem sido a troca de funcionários experientes (com maiores salários) por funcionários novos (com menores salários), que são forçados a atingir metas cada vez mais abusivas.

Para Hermelino Neto, diretor da FEEB, “a nossa reivindicação é a abertura das agências das 9h às 17h, gerando dois turnos de trabalho. A Federação não vai abrir mão dos direitos dos trabalhadores. Esta medida do Itaú agrava ainda mais a exploração, o assédio moral e fere a vida familiar e social dos seus funcionários”, avalia.

Em Feira de Santana-Ba, os funcionários do banco Itaú da Avenida Getúlio Vargas realizaram uma paralisação. “Essa agência já sofre com a quantidade reduzida de funcionários e agora o banco está aplicando o horário esticado. Esse banco está abrindo às 10 e indo até as 18 horas. A partir das 16 horas o atendimento é restrito para clientes do Itaú e isso é uma discriminação”, afirmou Sandra Freitas, presidente do Sindicato de Feira de Santana.

A implantação do horário estendido em diversas agências do Itaú, desde 27 de agosto, tem sobrecarregado os bancários e causado consequências diretas no emprego, jornada, organização de trabalho e, principalmente, na qualidade de vida dos trabalhadores, fragilizando a segurança dos bancários e clientes. O banco iniciou este horário de forma unilateral e sem transparência. O objetivo é chegar a 1.500 agências com horários ampliados em todo o país.

Fonte: FEEB-BA-SE

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