Um ato público realizado na última quarta-feira (28) em frente a agência do Banco do Basil do centro, em Vitória da Conquista, marcou o Dia Nacional de Luta contra as práticas antissindicais protagonizadas pela diretoria do banco.
Depois do fim da greve, o Banco do Brasil instaurou uma política de compensação dos dias não trabalhados que fere o que foi assinado em Acordo Coletivo. O banco também usa de ameaças para obrigar os funcionários a compensarem as horas não trabalhadas com base em instrução normativa.
“No BB, está acontecendo uma verdadeira caça às bruxas. Isso é ilegal. Em nenhum momento foi orientada a não compensação, mas devem ser respeitadas a disponibilidade e a necessidade dessa compensação”, denuncia o presidente do Sindicato dos Bancários, Delson Coêlho.
Política do terror
Uma das condições para que a categoria bancária assinasse o acordo coletivo 2012/2013 foi a de não haver desconto dos dias parados ou qualquer outra prática antissindical. Entretanto, o Banco do Brasil é a única instituição que vem descumprindo esse acordo e ferindo o que está assinado na cláusula 56ª da Convenção Coletiva. Adotou essa postura ao baixar uma instrução normativa que suspende férias, licenças pré-agendadas e pressiona os bancários no processo de compensação.
“A revolta que sentimos é por estarmos sendo coagidos a fazermos hora-extra sem que seja necessário e não é obrigação”, esclarece a bancária Luísa Viterbo.
Em razão dessa postura truculenta, o movimento sindical entrou com representação no Ministério Público do Trabalho (MPT) denunciando o Banco do Brasil. Uma audiência com o MPT está agendada para o próximo dia 3, em Brasília. A situação também foi denunciada à Secretaria-Geral da Presidência da República, em Brasília. Três documentos com denúncias de problemas graves de gestão no BB, entre elas as perseguições aos bancários grevistas, foram entregues ao órgão.
Fonte: Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista