Os sindicatos do serviço público estadual da saúde em Rondônia não aceitaram a contraproposta oferecida pelo governo estadual na manhgGoverno e os sindicatos dia 22 de maio, que suspendeu a greve, previa o envio do PCCR (Plano de Cargos, Carrreiras e Remuneração) da Saúde até 30 de outubro.
Segundo o presidente do Sindsaúde, Caio Marin, o governo manteve o pagamento dos 7,5% de aumento (a última será acrescentada em março de 2013), além dos 6% que já havia sido dada de aumento aos servidores. “O ganho real para os servidores que estão no início de carreira é de R$ 100. É, portanto, um aumento pífio que a categoria prontamente rejeitou”, disse Caio.
De acordo o sindicalista, a quebra do acordo não é somente na revisão do PCCR, mas também na negociação do adicional de insalubridade. “Nem laudo, nem pagamento. Hoje o servidor trabalha em locais infectos sem receber insalubridade, num flagrante desrespeito à legislação”, disse. O hospital de Cacoal, por exemplo, servidores não recebem insalubridade desde que a unidade foi inaugurada.
Caio Marin enfatizou ainda que a situação do Pronto-Socorro João Paulo II também só piorou, depois da greve. “Reforma sem planejamento, carga excessiva de trabalho e superlotação continuam. Condições de trabalho, nem pensar. O João Paulo II parece um pesadelo sem fim”, concluiu. O sindicalista disse que os sindicatos devem pedir a Assembleia que investigue os gastos da saúde de maneira mais detalhada.
O presidente do Sindicato dos Médicos (Simero) disse que o Estado está gastando mal o dinheiro da saúde por falta de gestão, adiantando que também vai pleitear a revisão do Plano de carreira para a classe médica. O secretário da Casa Civil, Marco Antônio Faria, sugeriu a criação de uma Mesa de Negociação permanente para discutir as questões inerentes à saúde, em todos os aspectos.
O assessor jurídico do Sindsaúde, Pedro Wanderley, disse que os servidores da saúde não agüentam mais os baixos salários e a falta de condições de trabalho e disse que pretende ingressar na Justiça pedindo intervenção da saúde do Estado. Pedro reiterou as palavras do presidente da Assembleia Legislativa, Herminio Coelho, reafirmando a falência do Estado, conforme declarações feitas na semana passada pelo secretário Gilvan Ramos.
Em mais uma declaração, representantes do Governo disseram que, apesar do crescimento da arrecadação, a situação financeira do Estado é preocupante. Segundo o secretário da Sefin, Benedito Alves, houve queda no repasse do Fundo de Participação do Estado (FPE). Segundo o secretário, se a situação continuar, há riscos iminentes de atraso salarial dos servidores nos próximos meses.
Na próxima quinta-feira (01.11), os sindicatos realizam uma assembleia conjunta para deliberar sobre o reinício da greve.
Até lá, os sindicatos aguardam uma postura no política de negociação do Governo do Estado com a elaboração de uma proposta de interesse da categoria.
Portal CTB com Sindsaúde RO