Os dados sobre segurança na Bahia preocupam. Em todo o Estado, até esta terça-feira (16), foram registradas 126 ocorrências envolvendo bancos. O crescimento é de 55,5% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram contabilizados 81 casos. Do total de ataques, 100 aconteceram no interior, onde a vigilância é muito menor, e 26 em Salvador.
Os arrombamentos ou explosões lideram a lista. São 66 registros. Já os assaltos somam 39, sem contar com as tentativas frustradas que chegam a 21. O Banco do Brasil continua a ser o preferido das quadrilhas especializadas. A instituição financeira foi alvo dos bandidos por 77 vezes. Em seguida, aparece o Bradesco, com 22 ataques. As demais organizações financeiras totalizam 27 casos.
A crescente nos números liga o sinal de alerta não só para o movimento sindical, mas para toda a população que sofre com a insegurança bancária. Fazer saque, mesmo que de pequeno valor, depósito, ou qualquer operação em uma agência, tornou-se um perigo. Somente em função de assaltos, foram 27 vítimas fatais, em todo o Brasil, no primeiro semestre deste ano.
Aumentam os assaltos e os lucros dos bancos
De acordo com o Sindicato dos Bancários da Bahia (SEEB), reivindicações por mais segurança não faltam. “Esta é uma luta antiga da categoria. O que falta é conscientização e vontade dos bancos, que apesar de estarem de bolsos cheios – de janeiro a junho de 2012, os seis maiores bancos lucraram juntos R$ 25 bilhões -, pouco se preocupam com segurança dos trabalhadores e clientes”, destaca nota da entidade.
Para comprovar essa afirmação, um levantamento do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), mostrou que mesmo com regras mais rígidas impostas pelo governo, o faturamento dos bancos com a cobrança de tarifas se manteve alta. O ganho cresceu 33% entre junho de 2011 e junho de 2012.
Os dados mostram que o tíquete médio saiu de R$ 52,43 para R$ 69,86. De acordo com o Instituto de Defesa do Consumidor, o aumento no lucro é decorrente de alguns fatores.
Um deles é o número de clientes, que saiu de 153,2 milhões para 168,3 milhões no período analisado, e o outro é o reajuste nos preços das tarifas avulsas e de pacotes.
No âmbito dos pacotes de serviços, o Idec fez outro levantamento, que compara os preços em abril de 2011 e agosto de 2012. Nesse período de 16 meses, em que a inflação medida pelo IPCA (índice oficial do País) subiu 6,5%, os pacotes dos seis maiores bancos (Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Caixa, Santander e HSBC) sofreram reajustes de até 36%.
Portal CTB com informações das agências