Por iniciativa da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional (CGTP-IN), terá início nesta sexta-feira (5), em todo o território de Portugal, a “Grande Marcha contra o Desemprego – Trabalho com Direitos, Portugal com Futuro”.
De acordo com informe da CGTP-IN, a Marcha será realizada entre 5 e 13 de outubro e percorrerá diversas cidades. “Portugal não pode continuar subjugado a um Governo que assenta a sua opção de classe num programa de agressão aos trabalhadores e ao povo português, para satisfazer os interesses econômicos e financeiros dos grandes grupos capitalistas”, diz o documento.
Os dados, de fato, são alarmantes. Em agosto, os desempregados passaram a corresponder a 15,9% dos trabalhadores ativos do país, segundo levantamento da Eurostat. Entre as nações que fazem parte da União Europeia, Portugal apresenta números piores apenas do que a Espanha (25,1%) e Grécia (24,4%).
Em termos de comparação, a média do desemprego nos 17 países da Zona Euro em agosto atingiu 11,4%, enquanto no total de países que integram a União Europeia foi de 10,5%.
Mobilização
Diante desse cenário, a CGTP-IN apelou aos desempregados de todo o país e outros setores da economia a se somarem à Grande Marcha. A entidade vê como necessária neste momento uma “resposta ampla e poderosa que ponha termo à ofensiva do grande patronato, acabe de vez com a política de direita e abra caminho a uma efetiva alternativa de esquerda, rumo ao desenvolvimento econômico, ao progresso social, à salvaguarda dos interesses dos trabalhadores e do povo português, no quadro do regime democrático”.
A CGTP-IN defende também que os trabalhadores e o povo não podem continuar subjugados a um “governo mentiroso” que depois de arruinar a vida de milhares de famílias, se prepara agora para inscrever no orçamento de estado para 2013 “mais medidas dirigidas ao roubo dos salários e ao agravamento da carga fiscal, tornando impossível a existência de uma vida minimamente digna para a generalidade dos que vivem e trabalham em Portugal, com particular brutalidade sobre os jovens, os desempregados, os reformados e pensionistas, assim como outros sectores da sociedade mais vulneráveis ao alastramento das situações de pobreza e exclusão social”.
Greve geral
Além da Marcha desta semana, a GGTP-IN também convocou para o dia 14 de novembro uma nova greve geral, como consequência das manifestações ocorridas no último dia 29 de setembro.
“A imensa multidão que marcou presença e deu voz ao imenso clamor que em todo o país se levanta contra as medidas ditas de austeridade decorrentes do ‘memorando de entendimento’ com a troica estrangeira – um autêntico programa de agressão contra os trabalhadores e o povo – afirmou a sua enorme confiança, vontade e determinação para prosseguir e intensificar a luta para pôr termo à política de direita que continua a destruir o Portugal de Abril e pela mudança de política”, diz a convocatória.
Portal CTB,
Com informações da CGTP-IN